Analistas do Bradesco BBI reiteraram recomendação “outperform” para as ações da Embraer (EMBR3; ERJ) e elevaram o preço-alvo dos papéis da fabricante de aviões negociados nos Estados Unidos (ADRs) de US$ 30 para US$ 40 e na B3 de R$ 38 a R$ 52, um ajuste de 36%, conforme relatório enviado a clientes no final do domingo.
O valor corresponde a um potencial de valorização de 44%, mas considerando opcionalidades ainda não precificadas pelo mercado, este upside poderia chegar a quase 80%.
Victor Mizusaki e equipe afirmam que a revisão no preço incorpora USS$ 300 milhões do esperado processo de arbitragem bem-sucedido contra a Boeing, bem como a probabilidade de que as entregas de aeronaves comerciais alcancem a marca de 100 até 2026.
O cálculo anterior dos analistas estimava 80 aeronaves comerciais sendo entregues a cada ano.
Valor escondido na Embraer
Eles acrescentaram que a Embraer tem opcionalidades que não estão precificadas e ainda não estão incorporadas ao novo preço-alvo, como a venda de até 80 modelos C390 para a Índia, que poderia adicionar US$ 4,40 por ADR, ou cerca de R$ 5,80.
A equipe do Bradesco BBI também cita nesse grupo um pedido potencial de até 40 aviões C390 pela Arábia Saudita, que poderia adicionar US$ 2,20 ao ADR (R$ 2,90), bem como destaca que a certificação bem-sucedida da sua controlada Eve em 2025 aumentaria potencialmente o preço-alvo do ADR em US$ 3,20 (R$ 4,20).
Considerando todas essas opcionalidades, a Embraer teria um preço-alvo de R$ 64,90. O valor significaria um upside de em torno de 79,4%
Em 2024, as ações da Embraer negociadas na B3 acumulam alta de quase 60%, tendo fechado a R$ 35,82 na sexta-feira, enquanto os ADRs somam uma valorização de mais de 40%, terminando o último pregão a US$ 26,17.