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Brasil fica em 68º lugar em ranking de conhecimentos financeiros

por Isabella Abreu
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Brasil fica em 68º lugar em ranking de conhecimentos financeiros

De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup, dois em cada três adultos brasileiros podem ser considerados analfabetos financeiros.

O levantamento contou com a participação de 150 mil pessoas de 148 países. Os resultados foram analisados por especialistas do Grupo de Desenvolvimento do Banco Mundial e do Centro Global para a Excelência do Alfabetismo Financeiro da Universidade George Washington, dos Estados Unidos.

A pesquisa colocou à prova os conhecimentos sobre quatro conceitos que seus organizadores consideravam básicos: diversificação de risco, inflação, aritmética e juros compostos.

Noruega, Dinamarca e Suécia obtiveram o melhor índice: 71% de respostas corretas. Em seguida vieram Israel (68%), Canadá (68%), Reino Unido (67%), Holanda (66%) e Alemanha (66%). Já o Brasil ficou em 68º lugar na lista, obtendo 35% de acertos.

Em nota, o instituto Gallup afirmou que, de maneira geral, a pesquisa revela os escassos conhecimentos financeiros da população mundial. “Inclusive nas regiões onde há mais residentes com conhecimentos financeiros, porém existe uma quantidade considerável de população analfabeta financeira, cerca de três em cada 10 pessoas em vários países escandinavos”.

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Analfabetismo é responsável pelos endividados

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), avalia que as maiores causas de endividamento atualmente estão ligadas ao analfabetismo financeiro.

“Se, a partir de hoje, você não recebesse seu ganho mensal, por quanto tempo você conseguira manter seu padrão de vida?”, questiona Reinaldo. O especialista acredita que grande parte da população não estaria preparada para lidar com essa situação caso fosse pega de surpresa. “É uma realidade. Os endividamentos estão muito grandes”, alega.

Segundo Domingos, além do analfabetismo financeiro, o ciclo do endividamento se constitui de causas como consumismo, marketing publicitário e crédito fácil; de meios – cheque especial, cartão de crédito, crediário, crédito consignado, empréstimos, adiantamentos e antecipação do IR -; e de efeitos – problemas conjugais, problemas de saúde, desmotivação, baixa autoestima, produtividade reduzida, atrasos e faltas no trabalho.

“Para quebrar esse ciclo é necessário ajudar a ampliar o repertório da população sobre finanças, de forma consistente e carregada de sentido prático, para que assimilem, o mais cedo possível, a importância do equilíbrio financeiro para o bem-estar individual e social”, ressalta Reinaldo.

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Confira as questões

Diversificação de riscos. Suponhamos que você tenha uma quantidade de dinheiro. É mais seguro colocá-lo em um negócio, em um investimento ou em múltiplos negócios e investimentos?

Resposta certa: o melhor é diversificar em múltiplos investimentos.

Inflação. Suponhamos que nos próximos 10 anos os preços das coisas que você compra dobrem. Se sua renda também duplicar, você será capaz de comprar menos do que pode adquirir hoje, o mesmo ou mais do que consegue comprar hoje?

Resposta certa: o mesmo.

Aritmética. Suponhamos que você precise pedir emprestado R$ 100. O que é mais vantajoso: devolver R$ 105 ou R$ 100 mais 3% de juros?

Resposta certa: R$ 100 mais 3% de juros, que totalizam R$ 103.

Juros compostos. Imagine que você vá depositar dinheiro no banco durante dois anos e a instituição se compromete a pagar juros de 15% ao ano. O banco acrescentará em sua conta mais dinheiro no segundo ano em relação ao primeiro ou depositará a mesma quantidade nos dois anos?

Resposta certa: mais dinheiro, porque os juros do segundo ano incidirão sobre a quantia já reajustada com os juros do primeiro ano – é o que se chama de juros compostos.

Suponhamos que você tenha R$ 100 em uma conta poupança e o banco paga 10% ao ano pelo depósito. Quanto dinheiro você terá na conta depois de cinco anos se não fizer saques: mais de R$ 150, exatamente R$ 150 ou menos de R$ 150?

Resposta certa: mais de R$ 150, justamente por causa dos juros compostos, que incidirão primeiro sobre R$ 100; depois R$ 110 e assim por diante.

Foto “Money doubt”, Shutterstock.

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