O Brasil marcou abertura de 112.450 vagas com carteira assinada em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho na última quarta-feira (17). Analistas de mercado, sob consulta da Reuters, afirmam que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil vagas.
O resultado ligeiramente acima do esperado pelo mercado é o melhor para o mês nos últimos três anos. O desempenho de março foi inferior aos 123.446 empregos gerados em fevereiro e superior das 111.746 vagas abertas em março de 2012, nos dados sem ajustes.
O setor de serviços foi o principal gerador de empregos com carteira assinada no período analisado, com 61.349 vagas, já descontadas as demissões.
O setor industrial registrou contratação líquida de 25.790 trabalhadores e a construção civil admitiu 19.709 operários. O setor da agricultura, por sua vez, fechou 4.434 vagas.
Para o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, a melhora dos salários dos trabalhadores influenciou o avanço das oportunidades no setor de serviços e, consequentemente, o resultado de março.
Ele também argumentou sobre a indústria de transformação e o setor da agricultura. Segundo Dias, as oportunidades de trabalho na indústria mostram sinais de recuperação do setor e a seca no Nordeste e a entressafra influenciaram os dados negativos do emprego na agricultura.
Mercado de trabalho ajuda crescimento econômico
O governo prevê a criação de 2 milhões de vagas formais em 2013. Isso deve contribuir para manter o desemprego em mínimos históricos, em meio ao cenário de renda também forte.
A geração de empregos no mercado de trabalho é uma das principais variáveis que sustentam o crescimento econômico neste momento em que a retomada da economia ainda não deu sinais consistentes.
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% (praticamente estável em relação a janeiro, quando marcou 5,4%) em fevereiro. Foi o melhor resultado para o mês desde 2002.
Dessa maneira, o brasileiro sente menos medo do desemprego e o Brasil vira destino para desempregados europeus que estão enfrentando uma forte crise no mercado de trabalho de seus países. O crescimento do mercado de trabalho também é uma forma de sustentar a popularização do governo.
A popularidade da presidente Dilma Rousseff está em níveis elevados. De acordo com levantamento feito pelo Ibope em março, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 63% avaliam o governo como ótimo ou bom, ante 62% em dezembro. A aprovação pessoal da presidente também oscilou 1 ponto para cima, passando a 79%.
Fontes: UOL | Terra. Foto de freedigitalphotos.net.