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Brasil condena qualquer ato de violência, diz Mauro Vieira ao ser cobrado por postura em relação ao Irã

"Isso foi feito à noite, em um momento em que não tínhamos a extensão ou alcance das medidas que estavam sendo tomadas, e fizemos um apelo, como sempre fizemos, pela contenção das partes", disse Mauro Vieira

por Reuters
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Depois de críticas ao governo brasileiro pela nota em que não condenou explicitamente o ataque do Irã à Israel, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil “condena sempre qualquer ato de violência” e “conclama o entendimento entre as partes”, mas defendeu a mensagem divulgada no dia do ataque.

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Na nota divulgada na noite de sábado, o Itamaraty declarou “grave preocupação” com o ataque e ressalta que vinha alertando para o “potencial destrutivo do alastramento das hostilidades” para outros países do Oriente Médio.

O teor foi criticado por não condenar diretamente os ataques por drones e mísseis do Irã à Israel, uma retaliação depois de Israel ter bombardeado o complexo da embaixada iraniana na Síria em que morreram sete membros da Guarda Revolucionária do Irã.

De acordo com o ministro, a nota foi feita no momento dos ataques, quando ainda não se tinha clara a extensão ou alcance dos ataques do Irã.

“Isso foi feito à noite, em um momento em que não tínhamos a extensão ou alcance das medidas que estavam sendo tomadas, e fizemos um apelo, como sempre fizemos, pela contenção das partes”, disse Mauro Vieira.

Questionado se agora, com todas as informações, o Brasil condena o ataque do Irã, respondeu:

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“O Brasil condena sempre qualquer ato de violência e o Brasil conclama sempre o entendimento entre as partes.”

No início do mês, quando Israel bombardeou a embaixada da Síria no Irã, os termos da nota do Itamaraty foram mais duros. “O governo brasileiro condena o ataque aéreo, em primeiro de abril, contra o consulado da República Islâmica do Irã, em Damasco”, dizia o texto.

Os dois pesos foram criticados por representantes da comunidade judaica no Brasil e também pelo governo israelense, com quem o governo brasileiro tem tido repetidos incidentes diplomáticos pela postura dura de crítica aos ataques de Israel à Faixa de Gaza.

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