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Brasil é um emergente cada vez menor no MSCI, diz BofA

Fraco desempenho do mercado local e a depreciação cambial levaram mais empresas brasileiras a não atenderem aos requisitos mínimos

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Brasil Mercados Mapa MSCI

O Bank of America Merrill Lynch (BofA) publicou uma análise nesta sexta-feira (17) antecipando que a próxima revisão do índice MSCI EM, prevista para 11 de fevereiro, deve trazer novas exclusões de ações brasileiras, sem adições ao portfólio.

Entre os nomes cotados para sair estão Cia Siderúrgica Nacional (CSNA3), Hypera (HYPE3) e Banco Inter (INTR). “A redução do número de empresas no índice e o peso menor do Brasil refletem critérios de capitalização de mercado mínimo e a desvalorização do real”, afirmaram os analistas David Beker, Paula Andrea Soto, Carlos Peyrelongue e Mateus Conceição.

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O peso do Brasil no MSCI EM caiu de 7,6% em 2019 para 4,2% atualmente. Segundo o relatório, “o fraco desempenho do mercado local e a depreciação cambial levaram mais empresas brasileiras a não atenderem aos requisitos mínimos globais de capitalização de mercado, definidos em dólares”.

Requisitos globais de tamanho mínimo (GMSR) para mercados emergentes e o peso do país do Brasil no Índice MSCI EM

Gráfico
(Fonte: BofA e MSCI)

Veja o que o BofA disse sobre o MSCI EM:

Exclusões esperadas para a revisão de fevereiro. O BofA estima que Cia Siderúrgica Nacional, Hypera e Banco Inter devem ser excluídas do MSCI EM. “O impacto em termos de dias de negociação para os fluxos de saída seria de 2, 2 e 17 dias, respectivamente”.

Ausência de novas adições no Brasil. Assim como na revisão de novembro, não são esperadas novas inclusões de ações brasileiras no índice nesta revisão.

Outros nomes em risco de exclusão. Empresas como Cosan (CSAN3) e Stone (STNE) permanecem na lista de observação, podendo ser excluídas em revisões futuras caso haja nova queda em suas capitalizações de mercado.

Peso do Brasil no MSCI EM segue em declínio. Com a redução do número de empresas no índice e o menor peso relativo das ações brasileiras, a participação do Brasil caiu de 7,6% em 2019 para 4,2% hoje.

Impacto das exigências globais de capitalização mínima. A capitalização mínima global é um dos principais fatores que têm levado à exclusão de ações brasileiras, “especialmente em um cenário de fraco desempenho do mercado e câmbio desfavorável”.

Histórico recente de exclusões. Na última revisão, em novembro, Sendas Distribuidora (ASAI3), PagSeguro (PAGS) e Atacadão (CRFB3) foram excluídas do índice, sem adições.

Revisões trimestrais do MSCI. As revisões do MSCI ocorrem em fevereiro, maio, agosto e novembro. “Essas revisões incluem atualizações para limites de capitalização de mercado, de free float e de requisitos gerais de investibilidade”, detalhou o relatório.

Consequências para os investidores brasileiros. A menor presença de ações brasileiras no MSCI EM pode reduzir a atratividade do mercado local para investidores estrangeiros, já que o índice serve como referência para alocações globais.

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