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Brasil é uma “armadilha clássica”, diz HSBC sobre ações na B3

O re-rating do mercado só é esperado com a queda da Selic e dos retornos da renda fixa, o que pode não ocorrer antes do segundo semestre de 2025

por Gustavo Kahil
3 min leitura
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O HSBC rebaixou sua recomendação para ações brasileiras de “neutra” para “underweight”, citando pessimismo quanto às perspectivas econômicas do país. Apesar do valuation atrativo, com o índice Preço/Lucro (P/E) projetado em 6,6 vezes para os próximos 12 meses, o banco classifica o Brasil como uma “armadilha clássica de valor”.

O re-rating do mercado só é esperado com a queda da Selic e dos retornos da renda fixa, o que pode não ocorrer antes do segundo semestre de 2025.

O relatório também destaca fatores como juros reais acima de 7%, dificuldades no pacote de cortes de gastos e impacto nas expectativas de crescimento econômico. Em contraste, o HSBC elevou ações sauditas para “overweight”, apontando oportunidades de crescimento estrutural no mercado.

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O que o HSBC disse sobre as ações no Brasil?

Valuation atrativo, mas desafiador: O valuation de ações brasileiras está baixo, com P/E em 6,6 vezes, mas o HSBC vê poucas chances de revalorização sem redução significativa na Selic e nos retornos de renda fixa.

Falta de compradores potenciais: Juros altos afastam investidores locais e fundos de mercados emergentes, que já possuem posições acima da média no Brasil, dificultando um aumento na demanda por ações.

Cenário fiscal deteriorado: “A decepção com o pacote de cortes de gastos do governo criou um ciclo vicioso,” destacou o HSBC, mencionando juros elevados, inflação crescente e expectativas de menor crescimento.

Impacto nos mercados globais: Apesar do desempenho fraco no Brasil, o HSBC vê potencial no mercado saudita, citando crescimento estrutural e otimismo moderado sobre preços do petróleo.

Emergentes sob pressão: A análise reflete os desafios de investir em mercados emergentes, onde fatores econômicos e políticos desempenham papéis cruciais na atratividade dos ativos.

Projeção cautelosa para 2025: O banco considera que o mercado brasileiro enfrenta complexidades significativas, enquanto mercados alternativos, como o saudita, podem oferecer melhores oportunidades no próximo ano.

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