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Brasil piora em emissões de carbono na produção de energia

A intensidade de carbono na economia, referente às emissões na produção e no uso de energia por PIB, cresceu de 2022 a 2024

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Poluição Fumaça Emissões

O Brasil piorou o seu índice de intensidade de emissões de carbono na produção de energia, revela um o caderno de Meio Ambiente e Energia do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta segunda-feira (21/10).

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A intensidade de carbono na economia refere-se às emissões na produção e no uso de energia por PIB. Esse indicador permite avaliar a eficiência de uma economia em relação à emissão de carbono no setor de energia.

Apesar de em comparação a outros países, o Brasil possuir intensidade de carbono na economia e também na produção e no uso da energia, essa intensidade cresceu na comparação com 2022.

Gráfico 2555
(Fonte: MME)

Expansão energética

A análise socioambiental da expansão energética identifica os principais desafios e oportunidades para os próximos dez anos. Mesmo com o aumento das emissões devido à melhoria dos padrões socioeconômicos do Brasil até 2034, a projeção de 2,4 tCO2eq/habitante mostra que as emissões per capita do país serão baixas em comparação com outras nações, atualmente da ordem de 5,4 tCO2eq/habitante (Europa, OCDE) a 13,8 tCO2eq/habitante (Estados Unidos).

Nesse contexto, são abordadas questões fundamentais que conectam os setores de energia e meio ambiente, com ênfase, neste ciclo do PDE, nos desafios das mudanças climáticas e na transição energética justa e inclusiva.

As projeções para o horizonte decenal indicam que os setores de transportes e indústria continuarão sendo os principais emissores, representando 68% das emissões setoriais em 2034.

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No entanto, destaca-se uma baixa variação nas emissões do setor de transportes (apenas 12% de aumento entre 2024 e 2034), devido aos avanços de políticas públicas voltadas à substituição de combustíveis fósseis por renováveis, como etanol, biodiesel e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), além de ganhos em eficiência e motorização e o início da adoção de veículos eletrificados.

O estudo também identificou oportunidades socioambientais estratégicas, como o aproveitamento de resíduos para geração de energia, a otimização de recursos e infraestruturas existentes, e a aplicação de práticas sustentáveis e estratégias de descarbonização em projetos energéticos. A principal estratégia do setor energético para mitigar as emissões é manter a alta participação de fontes renováveis, além de buscar soluções e tecnologias inovadoras, alinhadas às potencialidades do Brasil e ao custo-benefício das alternativas disponíveis.

Veja aqui o caderno sobre as emissões

(Com Agência GOV)

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