O Brasil teve déficit em transações correntes de 230 milhões de dólares em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,62% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central nesta segunda-feira.
O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de 399 milhões de dólares em outubro.
Em outubro de 2022, o Brasil havia registrado déficit em transações correntes de 5,808 bilhões de dólares.
No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 3,306 bilhões de dólares, bem abaixo dos 4,6 bilhões de dólares projetados na pesquisa e dos 5,826 bilhões do ano passado.
No mês, segundo o BC, houve ingressos líquidos de 4,7 bilhões de dólares em participação no capital e saídas líquidas de 1,4 bilhão em operações intercompanhia.
No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de 4,223 bilhões de dólares, ante rombo de 4,568 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior.
As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram 2,8 bilhões de dólares, ante 3,5 bilhões em outubro de 2022.
Já as despesas líquidas com juros somaram 1,4 bilhão de dólares em outubro de 2023, 334 milhões acima do resultado de outubro do ano anterior.
Em outubro deste ano, a balança comercial teve superávit de 7,372 bilhões de dólares, bem acima dos 2,009 bilhões de dólares no mesmo mês de 2022. As exportações de bens totalizaram 29,7 bilhões de dólares, aumento de 7,6% na comparação interanual, enquanto as importações de bens recuaram 12,7%, a 22,3 bilhões de dólares.
Já o rombo na conta de serviços ficou em 3,548 bilhões de dólares, contra 3,566 bilhões de dólares em outubro do ano anterior.