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Brasil tem desemprego de 7,9% no tri até março, diz IBGE

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 8,1 por cento por cento no período

por Reuters
3 min leitura
Emprego

 A taxa de desemprego no Brasil subiu e encerrou o primeiro trimestre a 7,9% diante do aumento no número de pessoas em busca de trabalho e da redução do contingente de empregados, mas ainda ficou abaixo do esperado, enquanto a renda aumentou.

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O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira mostrou alta em relação ao quarto trimestre de 2023, quando a taxa de desemprego havia ficado em 7,4%, mas ficou abaixo do primeiro trimestre do ano passado, de 8,8%.

A taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi a menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando foi de 7,2%. Também ficou abaixo da expectativa apontada em pesquisa da Reuters com economistas, de 8,1%.

Já o rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a 3.123 reais, o que representa uma alta de 1,5% na comparação trimestral e de 4,0% na anual.

O mercado de trabalho brasileiro vem refletindo um desempenho forte da atividade econômica, o que dá suporte ao consumo das famílias, destacadamente no setor de serviços.

Isso, no entanto, acende um sinal de alerta para a inflação de serviços, ponto que o Banco Central já vem ressaltando há algum tempo.

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No primeiro trimestre, a chamada população desocupada subiu 6,7% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho. Apesar disso, a população desocupada está 8,6% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre de 2023.

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Já o total de ocupados recuou 0,8% na comparação trimestral, mas está 2,4% acima do número de trabalhadores registrados no primeiro trimestre do ano passado.

“O aumento da taxa de desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação. Esse panorama caracteriza um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre de cada ano, com perdas na ocupação em relação ao trimestre anterior”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado não teve variação significativa na comparação com o trimestre anterior, de acordo com o IBGE, permanecendo em 38,0 milhões.

“A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada”, destacou Beringuy.

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