O Brasil se destaca como o maior contribuidor entre os países fora da Opep para novos projetos de petróleo, de acordo com análise do Bank of America publicada nesta quarta-feira (22). Entre 2025 e 2030, o país deverá liderar a entrada de capacidade produtiva, junto com outros projetos de águas profundas na América do Sul, como os da Guiana e do Suriname.
A expectativa é que a produção brasileira alcance 4 milhões de barris por dia (b/d) até 2028, impulsionada principalmente pelos desenvolvimentos no pré-sal.
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Segundo o relatório, o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, será o principal motor de crescimento, com a instalação do 12º FPSO (plataforma flutuante) até 2030. “Outros projetos notáveis incluem o quarto FPSO de Mero e a primeira fase dos campos Bacalhau e Bacalhau Norte, com capacidade de 220 mil b/d”, destacou o time de análise de commodities do Bank of America.
Veja o que o Bank of America diz sobre a exploração de petróleo
• Brasil lidera novos projetos fora da Opep. O Bank of America destaca que o Brasil é “o maior contribuinte entre os países fora da Opep para novos projetos de petróleo entre 2025 e 2030”, superando outras regiões importantes como a Rússia e o Canadá.
• Papel do pré-sal na expansão da produção. O desenvolvimento do pré-sal continua central para o crescimento da produção brasileira. “O campo de Búzios, em particular, impulsionará o aumento de produção de líquidos para mais de 4 milhões de b/d até 2028.”
• Outros projetos relevantes no horizonte. Além de Búzios, projetos como o FPSO de Mero 4 e as fases iniciais de Bacalhau e Bacalhau Norte serão cruciais. “Esses campos devem adicionar 220 mil b/d, contribuindo significativamente para a capacidade total do país.”
• Impacto na produção de campos maduros. Remodelações em campos maduros brasileiros podem reverter temporariamente declínios de produção. “Embora esses esforços sejam pontuais, eles ajudam a sustentar o nível geral de produção.”
• Comparação com outros países não Opep. A análise cita que a América do Sul, liderada pelo Brasil, está à frente de regiões como o Canadá e os Estados Unidos no desenvolvimento de projetos de petróleo em águas profundas.
• Riscos e projeções para além de 2028. Apesar do crescimento, a produção brasileira pode começar a se estabilizar no final da década, “a menos que novos projetos sejam sancionados para além do horizonte atual.”
• Relevância global do Brasil no setor de petróleo. O Brasil está consolidado como um dos principais produtores globais fora da Opep, oferecendo estabilidade e crescimento em um cenário de incertezas para outros grandes players.
• Conclusão do Bank of America. “O desenvolvimento contínuo do pré-sal, aliado a novos projetos em fase de execução, posiciona o Brasil como líder global em crescimento de produção de petróleo fora da Opep,” concluíram os analistas.