Ao encerrar o mês de outubro, os criptoativos apresentaram um desempenho notável, com destaque para o bitcoin, que ultrapassou a marca dos US$ 34.000 pela primeira vez desde maio de 2022, representando um crescimento mensal expressivo de 27%. Além disso, a capitalização total do mercado de criptoativos cresceu cerca de US$ 190 bilhões no mesmo período. Diante desse cenário, o BTG Pactual optou por realizar ajustes em sua carteira recomendada, direcionando parte dos recursos para o Bitcoin (BTC).
Expectativa dos ETFs
A recomendação do BTG Pactual se fundamenta na iminente possibilidade de listagem de Exchange-Traded Funds (ETFs) de Bitcoin à vista nas bolsas dos Estados Unidos. Além disso, fatores macroeconômicos sólidos contribuem para o otimismo em relação à valorização do criptoativo. O mercado observa com atenção a movimentação das grandes instituições financeiras, que demonstram crescente confiança na aprovação desses ETFs.
Um exemplo desse movimento é a BlackRock, que durante a segunda metade de outubro submeteu os detalhes de seu ETF de BTC à Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC), responsável pela compensação de transações na Nasdaq. Embora a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) tenha um prazo para deliberar sobre a solicitação até março de 2024, a ação da BlackRock sugere um possível apoio antecipado da SEC à fase inicial do ETF.
Perspectivas promissoras
Além disso, outros ETFs de bitcoin à vista estão em processo de análise, com destaque para o da Ark Invest, previsto para avaliação em 10 de janeiro de 2024.
A aprovação desses ETFs poderia desencadear a listagem de produtos semelhantes por outras grandes instituições, como BlackRock, Fidelity e Valkyrie, todas planejando oferecer produtos relacionados ao bitcoin à vista. Essa aprovação ampliaria o acesso ao bitcoin para investidores convencionais, incluindo gestores de hedge funds e fundos de pensão.
Refúgio em tempos de incerteza
Esse movimento ocorre em um cenário crítico, onde os conflitos geopolíticos se intensificam e a alta inflação nos Estados Unidos impulsiona a busca por ativos considerados refúgios, como o ouro. O bitcoin, com sua oferta monetária previsível e propriedades anti-inflacionárias, emerge como uma alternativa robusta nesse contexto.
A combinação desses elementos cria um ambiente favorável para a valorização do BTC nos próximos meses, destacando sua resiliência e descorrelação em comparação com índices tradicionais, como o Nasdaq e o S&P 500, que sofreram quedas de 2,58% e 2,83%, respectivamente.
A expectativa de aprovação dos ETFs de bitcoin, juntamente com a crescente adesão de instituições de renome, projeta um horizonte otimista para os criptoativos. O movimento contrasta com a retração observada nos índices tradicionais, oferecendo aos investidores novas oportunidades de crescimento em um mercado em constante evolução.
Carteira recomendada
Recomendações | Ticker | Peso |
---|---|---|
Dólar | USDBRL | 10% |
Bitcoin | BTC | 40% |
Ethereum | ETH | 30% |
Polygon | MATIC | 7,50% |
Solana | SOL | 5% |
Optimism | OP | 2,50% |
Lido | LDO | 5% |