O time de análise do BTG Pactual realizou três mudanças em sua carteira recomendada para setembro, revela um relatório enviado a clientes neste domingo (1°).
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Para Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, como foi o caso em agosto, as melhores condições monetárias nos EUA devem continuar a ser o principal impulsionador das ações brasileiras no curto prazo.
“As avaliações relativamente atraentes, mesmo após o recente rali, e o forte crescimento dos lucros também dão suporte às ações brasileiras”, opinam.
Segundo eles, o cenário provável de um ciclo de aperto monetário iniciado pelo recém-nomeado presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pode impactar positivamente os preços dos ativos, fortalecendo o real e reduzindo as taxas de longo prazo.
“Por outro lado, aumentar as taxas enquanto o Fed está cortando pode decepcionar os investidores que esperam que a atividade econômica permaneça forte em 2025”, apontam.
Um ponto negativo claro, mas provavelmente bem precificado neste momento, são as contas fiscais ruins do país. O projeto de lei orçamentária de 2025 (PLOA), divulgado em 30 de agosto, é outra oportunidade perdida.
Bancos
O BTG manteve o Itaú (ITUB4), mas reduziu o seu peso de 15% para 10% na carteira e substituiu a Stone (STOC31) pelo Banco do Brasil (BBAS3). Com isso, a exposição ao setor caiu de 25% para 20%.
“O BB é negociado a uma avaliação atrativa (0,8x P/BV), deve entregar ROE de 20% e deve pagar dividendos robustos (dividend yield de 11%)’, explicam os analistas.
Vivara e Marcopolo
As ações da Allos (ALOS3) foram trocadas pela fabricante de joias Vivara (VIVA3), que é negociada a uma avaliação atraente e ostenta uma melhora no momentum dos lucros no segundo semestre de 2024.
O BTG também decidiu substituir a JBS (JBSS3) na carteira pela fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4), que tem um forte momentum dos lucros e está sendo negociada a 5 vezes o preço sobre o lucro (P/L) esperado para 2025, “mesmo após o forte desempenho recente”.
Energia
Os analistas elevaram a exposição a serviços públicos de 20% para 25%, adicionando outros 5 pontos percentuais à Eletrobras (ELET3), “pois estamos confiantes de que um acordo com o governo está próximo e os preços da energia estão bem suportados”
Já a Equatorial (EQTL3) se tornou a escolha de serviços públicos na carteira.
As alternativas de ações de fluxo de caixa de longa duração são Rumo (RAIL3), Rede D’Or (RDOR3), Cyrela (CYRE3) e Prio (PRIO3).