A C&A (CEAB3) apresentou lucro líquido de R$ 254,9 milhões no quarto trimestre de 2024, uma alta de 59,8% frente ao lucro de R$ 159,5 milhões do quarto trimestre de 2023, surpreendendo o esperado pelos analistas. Já em 2024, a companhia registrou lucro líquido de R$ 452,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 6,8 milhões em 2023.
Segundo o BTG Pactual, foi “outra rodada de resultados fortes, com os olhos na frente macro para os próximos trimestres” e que superou as estimativas e de alguns pares da empresa.
“Estamos impressionados com os investimentos estratégicos da C&A na cadeia de suprimentos (modelo push&pull + automação), foco no desenvolvimento de produtos e serviços de crédito ao consumidor (impulsionando empréstimos por meio de marca própria), que impulsionaram seu desempenho superior nos últimos trimestres e são essenciais para competir com plataformas internacionais”, destacam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.
Segundo eles, apesar de otimistas, continuarão monitorando os riscos relacionados à expansão de sua plataforma de financiamento ao consumidor em meio a um ambiente de alta taxa de juros (e inadimplência), com concorrência potencialmente mais acirrada de pares locais que provavelmente acelerarão as vendas (e empréstimos) nos próximos trimestres.
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Mais sobre o resultado da C&A
O Ebitda ajustado (pós-IFRS16) foi de R$ 593,4 milhões no quarto trimestre, alta de 12,7% no mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ajustado cresceu 0,3 ponto porcentual (p.p.) no trimestre, chegando a 23,3%. Já no ano passado, o Ebitda ajustado alcançou R$ 1,4 bilhão, avanço de 33% na comparação com 2023.
Na receita líquida consolidada, a alta foi de 11,3% na base anual, chegando a R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre. Se considerada apenas a receita de vestuário, o crescimento foi de 14,4%, para R$ 2,2 bilhões no período. Em 2024, por sua vez, a receita atingiu R$ 7,6 bilhões, um salto de 13,7% frente ao ano anterior.

Segundo a empresa, as vendas de vestuário em mesmas lojas apresentaram crescimento de 14,4% no quarto trimestre na comparação anual. “O trimestre foi impulsionado pelo forte engajamento das clientes com as coleções, especialmente nas linhas Feminina, Masculina e Lingerie e em lojas com perfil de maior poder aquisitivo e consumo diferenciado”, afirmou a companhia.
Já a categoria de produtos de beleza obteve crescimento de 74,3% na receita quando comparado ao mesmo período do ano passado, compensando parcialmente a queda de 34,4% da categoria de produtos eletrônicos, resultante da estratégia de fechamento gradual de quiosques de venda de celulares. Ao todo, 70 quiosques foram fechados no trimestre, de acordo com a companhia.
No período, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 98,8 milhões, uma melhora de 24,2% em relação ao quarto trimestre do ano passado.
A dívida líquida totalizou R$ 509,6 milhões no quarto trimestre, 42,2% menor que um ano antes. A alavancagem da companhia alcançou 0,5 vez no fim de 2024, uma melhora frente a número de 1,5 vez registrado ao fim de 2023.