Os contratos futuros de cacau negociados em Londres e os do açúcar bruto de Nova York subiram levemente nesta quinta-feira após máximas recentes de vários anos, embora os investidores continuem preocupados com o fornecimento de ambas as commodities.
Cacau
O contrato março do cacau em Londres subiu 10 libras, ou 0,3%, a 2.939 libras por tonelada.
O mercado perdeu algum terreno depois de um avanço prolongado ter levado os preços a uma série de máximas de 46 anos nos últimos dois meses, mas o clima permanece um fator altista devido principalmente a problemas de oferta na África Ocidental.
A Costa do Marfim, maior produtora de cacau, concedeu licenças de exportação a 92 empresas e cooperativas para a temporada 2023/24, abaixo das 102 da temporada passada, de acordo com um documento do Conselho do Café e Cacau (CCC) visto pela Reuters.
O dezembro do cacau em Nova York subiu 25 dólares, ou 0,7%, para 3.595 dólares a tonelada.
Açúcar
O outubro do açúcar bruto subiu 0,14 centavo, ou 0,5%, a 26,93 centavos de dólar por libra-peso, após atingir uma máxima de 12 anos de 27,62 centavos esta semana.
A produção de açúcar da Índia deverá melhorar devido às boas chuvas em setembro, disse o secretário de alimentação do país nesta quinta-feira, acrescentando que o governo pediria às usinas que vendessem estoques de açúcar nos mercados locais para esfriar os preços.
No entanto, é improvável que a Índia exporte açúcar na temporada 2023-24, já que a produção será inferior à do ano anterior, disse a ED&F Man Commodities à margem de uma conferência em Nova Délhi.
O açúcar tem sido impulsionado ultimamente por preocupações de que um clima mais seco do que o normal, ligado ao El Niño, reduziria a produção na Ásia.
Contra isso, a produção de açúcar centro-sul do maior produtor Brasil em 2023/24 é estimada em um recorde de 40,3 milhões de toneladas, contra 39,45 milhões anteriormente, conforme a Datagro.
O dezembro do açúcar branco subiu 6,30 dólares, ou 0,9%, para 732,80 dólares a tonelada.
Café
O contrato dezembro do café arábica caiu 3,35 centavos, ou 2,1%, a 1,5485 dólar por libra, à medida que a colheita do maior produtor, o Brasil, aproxima-se do fim.
Uma onda de calor que atinge o Brasil levantou preocupações entre agricultores e agrônomos sobre a safra do próximo ano.
O novembro do café robusta caiu 44 dólares, ou 1,8%, para 2.464 dólares a tonelada.