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Caixa passa a emitir títulos sustentáveis em busca de mercado de US$ 20 trilhões

No caso da Caixa , foram eleitas 12 categorias passíveis de financiamento através deste instrumento, todas ligadas às fortalezas e potencialidades do banco

por Agência Gov
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A Caixa publicou, nesta segunda-feira (6/5), o seu Framework de Finanças Sustentáveis, instrumento que qualifica a instituição a emitir títulos e empréstimos verdes, sociais e de sustentabilidade, vinculados às suas carteiras de crédito.

O Framework foi construído por meio de parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Participaram do evento de entrega do framework o presidente da Caixa , Carlos Vieira, o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital do banco, Paulo Rodrigo, e o vice-presidente de Finanças e Controladoria, Marcos Brasiliano.

O presidente da Caixa falou sobre a importância da parceria com o BID. A gente está vivendo o novo normal, que se estabelece no mundo a partir de coisas que constroem e eventos que destroem.

Não há uma necessidade mais tangível hoje no mundo e na sociedade do que essa transformação exigida pela nova economia e exigida pelo novo normal. Esse ato, simbolizado por essa assinatura, vai ter consequências muito positivas para nossas instituições, para a sociedade e para o planeta, comentou Carlos Vieira.

Com demanda crescente no Brasil e no mundo, os títulos sustentáveis são papéis de dívida utilizados para financiar projetos com impacto positivo nas esferas ambiental e/ou social. 

No caso da Caixa , foram eleitas 12 categorias passíveis de financiamento através deste instrumento, todas ligadas às fortalezas e potencialidades do banco e que contribuirão para o alcance de 40 metas de 14 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

(Imagem: Divulgação/Caixa)
(Imagem: Divulgação/Caixa)

Recentes estudos da McKinsey apontam que, para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, como prevê o Acordo de Paris, a América Latina vai demandar US$ 20 trilhões em investimentos verdes, com o Brasil concentrando 34% dessa demanda.

Dentre as categorias previstas destacam-se transporte limpo, gestão sustentável do saneamento, energias renováveis, eficiência energética e acesso a serviços essenciais como saúde, educação e tecnologia para pessoas com deficiência, infraestrutura e micro e pequenas empresas.

De acordo com o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, “a publicação de um framework de uma instituição centenária e tão relevante como a Caixa fortalece o mercado de títulos temáticos no país e favorece a construção de uma carteira ambiental e social significativa nos próximos anos, com impactos positivos para o meio ambiente e a vida das pessoas”. “Estamos muito orgulhosos de apoiar a Caixa nessa jornada”, comemorou.

O Framework contribuirá para a estratégia de diversificação de funding , para impulsionar o crescimento da carteira sustentável do banco, gerar novos negócios e promover o engajamento com investidores e clientes que já incorporam em suas decisões elementos de sustentabilidade.

Além disso, a Caixa passará a reportar ao mercado indicadores de resultado e de impacto proveniente do uso de recursos, destacando as externalidades socioambientais e climáticas positivas dos financiamentos e projetos, bem como a sua contribuição para o alcance das metas dos ODS.

Parceria com o BID

O Framework de Finanças Sustentáveis da Caixa foi desenvolvido por meio de cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contou consultoria da empresa HPL.LLC.

Uma primeira expectativa do governo é de que a primeira emissão dos títulos possa render cerca de 2 bilhões de dólares (Imagem: Reprodução/Freepik/@freepik)
Uma primeira expectativa do governo é de que a primeira emissão dos títulos possa render cerca de 2 bilhões de dólares (Imagem: Reprodução/Freepik/@freepik)

O instrumento foi submetido a uma Opinião de Segunda Parte (Second Party Opinion, SPO), conduzida pela Moody’s Investors Service que atribuiu o conceito “muito boa” e destacou que “a estrutura segue as melhores práticas de mercado para a maioria dos fatores de alinhamento com os componentes dos princípios” e que “os projetos abordarão em grande parte questões ambientais e sociais altamente relevantes no contexto nacional”

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