O que é ser bem-sucedido para você? Como definir sucesso? Na busca por respostas que façam sentido para mim (isso é muito subjetivo), confesso que passo um bom tempo analisando a postura de pessoas de sucesso. Comprei vários livros e procurei inspiração na biografia de vencedores, aqueles que conseguiram prosperar e sobreviver a períodos de grande agitação e tiveram que superar adversidades como miséria, problemas de saúde e etc.
De todas as características das pessoas que passei a conhecer, algumas delas me chamaram a atenção: a força de vontade e a capacidade de não se abater com situações limites (onde o desespero naturalmente tomaria parte) tomam à frente em meus pensamentos.
Com o tempo, percebi que cada pessoa possui diferenciais que fazem dela alguém único. Percebi que toda história de superação merece ser observada e levada adiante, para servir de inspiração para outros que nem sempre percebem que é natural e até necessário lidar com problemas.
Os problemas nos mostram o quanto somos fortes e determinados para, em situações extremas, “tirar leite de pedra”.
Alguns amigos que acompanharam de perto minha jornada profissional sempre me perguntavam o que eu havia feito para chegar até aqui. Eu ainda não havia parado para pensar nos passos que segui e não me imaginava como um espelho. Para falar a verdade, ainda me considero alguém que está no começo e que quer conquistar muito.
Ainda assim, topei o desafio de questionar meu caminho. Percebi que sempre busquei seguir cinco passos, que juntos funcionam como um plano de carreira para mim. Veja se o que descobri faz sentido para você também.
1. Não se colocar como vítima
É muito comum perdermos muito tempo com autopiedade. Então, quando um colega consegue uma promoção ou mesmo consegue abrir o próprio negócio chegando a uma situação importante, nos colocarmos em um degrau abaixo. “Ele conseguiu isso porque ele pode estudar” ou “Porque a família dele deu um incentivo maior” é comum ouvir por ai.
Os vencedores nunca perdem tempo com pena de si próprios. Não, eles erguem os braços e observam o que precisa ser feito de diferente para o crescimento e para ir de encontro com seus objetivos. Se alguém foi lá e fez (e agora o caminho está “descoberto”), que ele sirva de inspiração, e não de fonte inveja.
2. Atitude de vencedor
Se sempre procurei fugir da autopiedade, ao mesmo tempo sempre valorizei muito a atitude de vencedor inteligente, que é aquele que olha ao seu redor e percebe exatamente o que o fez vencer. É imprescindível valorizar a equipe e ser o exemplo, o que chega antes e o último que sai do trabalho.
Um vencedor nato que sempre tive como grande exemplo foi Ayrton Senna e uma de suas frases que sempre me obrigo a reler e memorizar é essa: “Nas adversidades uns desistem, outros batem recordes”. Eu quero ir além. Sempre.
3. Se quiser algo bem feito, faça você mesmo
Valorizo muito o trabalho em equipe e sempre me vejo delegando atividades, entretanto, algumas questões precisam ser sempre tratadas de maneira pessoal. Jamais terceirize a outras pessoas a responsabilidade de prosperar, isto é, não fuja de oportunidades que surgem, durante todos os dias, de mostrar sua dedicação e competência.
Em alguns momentos, você terá que correr riscos e chamar para si a responsabilidade de decidir. É como no futebol, em que só perde o gol quem bota a bola debaixo do braço e bate o pênalti decisivo no último minuto. Quem se esconde não será valorizado nas vitórias e poderá ser sempre sinônimo de derrota.
4. Foco nas soluções e não nos problemas
É muito comum encontrarmos equipes inteiras preocupadas em solucionar problemas. Primeiro, se faz uma análise da situação e em seguida começa um processo de “buscar culpados”, afinal “alguém tem que ser penalizado”. Esse erro custa muito! Custa principalmente tempo, e tempo é certamente o ativo mais valioso em qualquer ramo de atividade.
Sempre optei por “pensar fora da caixa”, lembrando que os problemas precisam ser práticos e não abstratos. Meu sócio, Conrado Navarro, é muito feliz em uma frase que sempre fala em suas palestras que trata exatamente da dificuldade das pessoas em entender o que realmente querem e precisam fazer para problemas simples.
“Muitos dizem ‘Quero emagrecer’ e repetem isso constantemente, o que representa um objetivo abstrato, difícil de mensurar e quantificar. Seria muito mais fácil dizer ‘Vou caminhar 30 minutos diariamente’, em que a ação necessária está clara – o emagrecimento aconteceria de forma natural”, ele diz sempre.
Nesse exemplo, fica claro que pensamos errado. Pense que melhorando a qualidade de vida com a caminhada também contribuirá para o resultado mais desejado, que é o emagrecimento. Foco na solução, não no problema.
5. Valorizar boas companhias
Como todo mundo, eu também vivenciei alguns altos e baixos. Tive, durante os momentos ruins, a companhia de pessoas que me mostraram opções, mas nunca o caminho. Aprendi com isso que o verdadeiro amigo não é aquele que te entrega tudo pronto, de “mão beijada”, mas aquele que te ensina (não o que faz tudo para você).
Consegui indicações e conquistei simpatia através de meu trabalho e dedicação. Escolher bem os amigos é também um exercício de sorte, mas a sorte sorri para quem a procura. Por isso, mesmo sem contar com ela é muito provável que ela sempre estará também ao seu lado se você praticar o bom senso e as cultivar boas companhias.
Conclusão
Sempre vão existir alternativas e nem sempre você vai tomar as melhores decisões. Tudo bem, isso faz parte da vida. Reconhecer o erro também é algo fundamental e necessário. Convido você a seguir os cinco passos aqui descritos. Eles me trouxeram até aqui e espero que sirvam para aproximar você e sua família de seus sonhos. Acredite, você chegará lá. Até a próxima.
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