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Casamento e problemas financeiros: é possível recomeçar?

por Conrado Navarro
3 min leitura
Casamento e problemas financeiros: é possível recomeçar?

Se você já precisou conversar sério sobre dinheiro, casamento e problemas financeiros com seu cônjuge, sabe como este momento pode ser ao mesmo frustrante e desmotivador. Fica aquela sensação de que um é chato demais, enquanto o outro não parece comprometido.

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Aliás, já que o papo hoje é sobre casamento e problemas financeiros, você acha que essa realidade influencia nos divórcios? Quanto? Muitos casais simplesmente desistem de tentar esta conversa, e este é um dos principais erros cometidos em um casamento que fracassa.

Pesquisadores da Universidade do Kansas realizaram um estudo, há menos de 10 anos, acompanhando 4.500 casais durante algum tempo. Adivinha o que aconteceu? A principal causa de divórcio entre os casais foram os conflitos causados por causa do dinheiro. De acordo com as conclusões dos especialistas, foram as constantes brigas no casamento em torno dos problemas financeiros, mas também as mentiras associadas ao dinheiro que acabaram tumultuaram tudo. A infidelidade financeira é muito comum e perigosa!

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Casamento e problemas financeiros: a verdade, sempre!

União pressupõe sinceridade, honestidade e cumplicidade. Parece óbvio ter que escrever isso, mas a verdade é que muitos lares estão muito mais para repúblicas de amigos que casamento de verdade.

A verdade não precisa ser traduzida. Ela deve ser assumida, interpretada e tratada. Não faz sentido esconder péssimas decisões financeiras durante meses/anos para depois ter que lidar com as terríveis consequências destas escolhas, e ainda arrastar a família junto neste processo. Dando um passo atrás nesta história, pode ser que seu cônjuge não saiba exatamente o que é importante para você e por isso não valorize determinadas escolhas que você faz. Não importa se a decisão é grande ou pequena (em termos financeiros e emocionais), conte a verdade.







Ouça: DinheiramaCast – Casamento e Dinheiro

Casamento e problemas financeiros: dinheiro como prioridade

Um dos ingredientes mais óbvios da falta de cuidado e atenção ao dinheiro em um casamento é justamente a ausência do tema nas conversas cotidianas. O dinheiro precisa ser uma prioridade, como o afeto, a boa capacidade de dialogar e a paciência.

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Assim como o amor platônico, romântico, tende a diminuir com o tempo, sendo gradativamente substituído pelo sentimento de união e conquista conjunta, o cuidado com o dinheiro pode dar lugar ao piloto automático do padrão de vida em família.

É muito natural, com o passar dos anos, parar de se questionar em relação aos melhores hábitos de consumo, como economizar e o que pode ser feito para ajustar o padrão de vida para um nível mais inteligente. Mudar esta realidade costuma ser parte do choque quando um grave problema financeiro explode e acaba com a confiança da família. Não tratar o dinheiro como uma prioridade pode ser “útil” para passar o tempo, mas uma hora ou outra a realidade vem à tona – e as consequências disso podem ser devastadoras.

Leia também: Não espere sobrar para guardar dinheiro! Recebi, investi

Casamento e problemas financeiros: admiração, respeito e compromisso

O segredo para evitar problemas financeiros no casamento passa, obrigatoriamente, pela demonstração verdadeira de três sentimentos:

Admiração. Amar loucamente o cônjuge não faz parte de nenhum casamento duradouro. O amor que despertou o interesse mútuo tende a dar lugar ao companheirismo, às conquistas conjuntas e ao papel que cada um tem na vida do outro. Se você não admira seu parceiro (ou parceira), dificilmente vai acreditar ou confiar nele;

Respeito. O espaço individual de cada um não só precisa ser respeitado, como deve ser incentivado. A individualidade é muito importante dentro de um relacionamento, afinal trata-se de uma união de duas pessoas inteiras, não de duas metades. O que seu cônjuge gosta precisa ser considerado, e nenhuma prioridade é menor ou besteira se ela é verdadeira;

Compromisso. Faz parte dos votos a história do “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, não é verdade? Pois é, pena que muita gente esteja se aproveitando da facilidade de se divorciar para simplesmente desaparecer diante das primeiras discussões e problemas conjugais. Como fica o compromisso? Tudo bem que para sempre parece demais, mas quem disse que seria fácil também? Dedique-se mais a entender o outro lado.

A partir de um relacionamento em que estas palavras acima podem ser vistas e transformadas em ação, lidar com as finanças fica mais fácil. A verdade não precisa ser escondida ou manipulada e dificilmente as coisas vão “aparecer do nada”, sem explicação consistente.




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Conclusão

Começar uma família é uma decisão muito mais importante e cheia de significado do que muitos casais são capazes de admitir. Além do relacionamento em si, o lado financeiro tem um peso enorme no “sucesso” da união, realidade comumente subestimada.

Não é o dinheiro em si, no entanto, que realmente interessa no dia a dia do casamento. É claro que faz muita diferença quanto a família ganha, mas é como ela lida com o próprio padrão de vida e suas prioridades que realmente faz diferença no decorrer da vida.

As brigas são comuns porque um dos cônjuges mentiu, não porque o dinheiro acabou. Desavenças acontecem porque decisões egoístas foram tomadas, não porque o espaço individual de cada um foi invadido.

A solução para dias melhores passa por interpretar e lidar com o próprio comportamento, ao mesmo tempo em que o casal cria um espaço saudável para discutir e lidar com as finanças da família. Isso é educação financeira no casamento!

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