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CBA: Safra eleva preço-alvo e vê potencial de 44% para ação

Alta nos preços do alumínio impacta o Ebitda da empresa, que deverá crescer 32% no terceiro trimestre de 2024, a R$ 524 milhões

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Produção de Tarugos da CBA

O Banco Safra reforçou a sua recomendação de compra (outperform) para as ações da CBA (CBAV3), com o novo preço-alvo definido em R$ 8,50 por ação, acima do valor anterior de R$ 7,20, o que sugere um potencial de valorização de 44%. A análise, conduzida pelos analistas Ricardo Monegaglia e Felipe Centeno e divulgada neste domingo (27), reflete uma visão otimista quanto ao aumento nos preços do alumínio, impulsionado por fatores como estímulos econômicos na China, corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) e restrições de oferta em mercados de alumina e bauxita.

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Conforme o relatório, o Safra projeta que o preço do alumínio possa alcançar uma média de US$ 2.750 por tonelada no quarto trimestre de 2024, acima dos US$ 2.379 observados no trimestre anterior.

Em outubro, o preço à vista do alumínio estava em torno de US$ 2.675 por tonelada. Essa alta estimada para o final do ano deve impactar positivamente o Ebitda da CBA, com projeção de R$ 524 milhões, um aumento de 32% em relação ao terceiro trimestre de 2024.

Para 2025, o Safra prevê que o preço do alumínio mantenha uma média de US$ 2.600 por tonelada, 6% acima do valor de 2024, sustentado pela demanda em crescimento no setor de eletrificação e substituição do cobre pelo alumínio em diversas aplicações industriais.

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A expectativa do banco é que o mercado global de alumínio registre uma redução de excedente, de 660 mil toneladas em 2024 para 272 mil em 2025, devido à disciplina de oferta em países como a China e à expansão de capacidades de produção em regiões como Indonésia e Oriente Médio.

CBA e o mercado de alumínio

Com essa atualização de projeções, a CBA passa a ter um potencial de valorização de 44%, segundo o modelo de fluxo de caixa descontado (DCF) do Safra.

A análise do banco utilizou um custo de capital próprio de 14,8% e um custo médio ponderado de capital (WACC) de 12,5%, indicando múltiplos EV/EBITDA de 3,9 vezes para 2025 e 3,7 vezes para 2026. Mesmo com o otimismo, o Safra alerta que os riscos incluem novos projetos de produção na China e Europa, mudanças na demanda devido à desaceleração da eletrificação e potenciais problemas de oferta de energia para a CBA.

Entre os principais riscos, os analistas destacam a possibilidade de que os preços do alumínio sejam impactados por uma desaceleração na eletrificação, além da pressão de novos projetos em mercados asiáticos e a renovação de concessões de hidrelétricas, cruciais para a CBA, que pode enfrentar custos elevados caso dependa mais de energia de terceiros.

O Safra também menciona as sanções do Reino Unido e Estados Unidos ao alumínio russo como um fator que ainda mantém o mercado global apertado, mas observa que o fim dessas sanções poderia impactar os preços do metal, aumentando a oferta.

Embora o banco reforce sua confiança na CBA, a recomendação de compra está vinculada à expectativa de que a empresa se beneficie tanto de preços favoráveis do alumínio quanto de uma estrutura de produção competitiva. No longo prazo, a análise mantém o preço-alvo do alumínio em US$ 2.480 por tonelada, alinhado com um cenário de mercado equilibrado e políticas de estímulo global.

Essa avaliação destaca o setor de alumínio como uma oportunidade atrativa, impulsionada por fatores conjunturais e estruturais, com a CBA bem posicionada para capturar o crescimento do setor em 2024 e 2025.

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