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Cemig: o que fazer com as ações com a federalização?

Com a confirmação do plano de federalização, as ações CMIG4 caíram 10%, enquanto as CMIG3 perderam 5%, gerando um prêmio de 46%

por Gustavo Kahil
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Diante da recente proposta de federalização da Cemig (CMIG3; CMIG4), o Itaú BBA lançou uma análise detalhada sobre as implicações para os investidores e apresentou estratégias diante desse novo panorama.

O governador Romeu Zema concordou com o plano do senador Rodrigo Pacheco, visando a federalização das empresas estatais em troca de uma redução na dívida federal de Minas Gerais.

O analista Marcelo Sá destaca a importância de entender a dispersão entre as ações CMIG3 e CMIG4 neste contexto.

Spread e avaliação implícita

Antes da proposta de federalização, o spread entre as classes de ações era influenciado pelo potencial prêmio para as ações ordinárias em caso de privatização.

Com a confirmação do plano de federalização, as ações CMIG4 caíram 10%, enquanto as CMIG3 perderam 5%, gerando um prêmio de 46%.

Sá observa que o mercado agora parece precificar a probabilidade de privatização próxima de zero, e o spread CMIG3-CMIG4 baseia-se na avaliação implícita da federalização.

Desempenho das ações CMIG3 e CMIG4 em um mês

O que fazer com as ações

O analista apresenta duas estratégias de negociação diante desse cenário. A primeira, “Long CMIG3 x Short CMIG4,” assume a concessão dos direitos de tag along para CMIG3, com um risco de queda mais limitado. A segunda, “Long CMIG4 x Short CMIG3,” parte da possibilidade de os direitos de tag along não serem concedidos, considerando que o preço atual das ações pode implicar uma avaliação elevada a ser paga pelo governo federal.

Sá destaca que operar a descoberto no CMIG3 é desafiador devido à baixa liquidez e à concentração significativa nas mãos do setor público e de um investidor privado.

Venda a descoberto de CMIG4

Diante do cenário atual, o Itaú BBA recomenda “vender a descoberto CMIG4” nos próximos meses, considerando-o como o veículo mais líquido e com menor custo para vender.

No entanto, Sá ressalta que há obstáculos a serem superados, como a aprovação dos projetos de lei e dos termos pelo TCU e TCE. A ação poderá se recuperar no médio e longo prazo caso a proposta de federalização se mostre inviável. Os investidores devem ficar atentos às nuances desse processo em evolução.

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