Finclass BlackFriday Desktop Topo VALE 970x90 (1)
Home Finanças Pessoais Na era do Pix, o uso do cheque caiu 93%

Na era do Pix, o uso do cheque caiu 93%

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Cheque - Dinheirama

A tecnologia certamente avançou muito nas últimas décadas. E com as formas de pagamento não foi diferente. Os meios de pagamento tiveram um grande avanço tecnológico. Com isso, o cheque perdeu muito espaço na carteira dos brasileiros.

PTF_QUADRADO_DINHEIRAMA_v1

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), a compensação de cheques caiu 93,4% no país desde 1995.

O levantamento aponta que nos últimos 26 anos, houve queda no uso de cheques em todos os anos.

No entanto, os números deste meio de pagamento ainda são bem altos. Só para ilustrar, em 2021, o país registrou quase 219 milhões de cheques compensados. Mas não é nada próximo dos 3 bilhões compensados em 1995.

O volume de dinheiro em transações com cheques também caiu drasticamente. Foram R$667 bilhões em 2021, contra R$2 trilhões em 1995.

Se você quer saber mais sobre o cheque, como funciona, motivos para devolução e muito mais, então continue a leitura.

PTF_QUADRADO_DINHEIRAMA_v1

Cheque: como funciona?

Em resumo, o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Em outras palavras, é um documento em que o cliente autoriza o banco a fazer um pagamento com o saldo em conta.

Como preencher corretamente

  1. Em primeiro lugar, preencha a quantia em valor numérico no canto superior direito. Para que o pagamento fique mais seguro é fundamental colocar # (jogo da velha) antes e depois do valor. Assim, diminui o risco de alguma fraude ou rasura no pagamento.
  2. Em seguida, informe a quantia por extenso nas linhas no meio da folha. Sem essa informação, o cheque pode ser devolvido. Aqui é importante riscar o espaço restante para que a informação não possa ser modificada.
  3. Para cheque nominal (valor acima de R$100), você precisará indicar o nome de quem vai receber o pagamento.
  4. Logo depois, preencha a data e o local com muita atenção para não haver erros.
  5. Por fim, assine a folha com a mesma assinatura que utiliza nos seus documentos oficiais, para evitar falsificações.

Quem é o emitente?

Um dos termos mais comuns nesse tipo de pagamento é o emitente. A saber, é quem emite o cheque. Em outras palavras, é a pessoa que usou o documento como pagamento de uma compra ou serviço.

Quem é o sacado?

É o banco em que o dinheiro do emitente está. Ou seja, a instituição financeira que será responsável por tirar o valor do saldo em conta e efetuar o pagamento.

Quem é o portador?

É a pessoa que recebe o pagamento e faz o saque ou o depósito. No entanto, um cheque ao portador tem limitação de R$100. Desse modo, acima deste valor é necessário indicar o beneficiário. Abaixo falaremos mais sobre: cheque nominal e cheque ao portador.

Como depositar cheques?

O depósito do cheque pode ser feito, a princípio, de duas formas:

  • Na boca do caixa: ou seja com atendimento humano nos guichês do banco.
  • Por envelope no caixa eletrônico.

Além disso, alguns bancos oferecem a possibilidade de digitalizar o cheque por aplicativo e fazer o depósito digital.

Onde aceita cheques

De acordo com o Banco Central, ninguém é obrigado a receber cheques como meios de pagamento. Assim, cada loja ou estabelecimento comercial pode aceitar ou não esse tipo de pagamento.

Então, antes de fazer qualquer negociação, procure saber quais formas de pagamento são aceitas no estabelecimento.

Formas de emissão

Cheque nominal

A partir de R$100, o emitente é obrigado a informar quem será o beneficiário do pagamento. Dessa forma, é preciso escrever na folha de pagamento o nome da pessoa ou empresa que receberá o dinheiro.

Cheque ao portador

Ao contrário do nominal, o cheque ao portador não precisa da indicação do beneficiário. Entretanto, está limitado a R$100.

Cheque cruzado

É aquele cheque com dois riscos paralelos e na diagonal na frente da folha. Isso indica que o pagamento acontecerá com depósito em conta corrente. Ou seja, não pode sacar o valor na boca do caixa.

Cheque administrativo

Neste caso, diferente dos outros tipos, é o próprio banco quem emite o pagamento. Ele pode ser comprado em qualquer agência bancária. É importante saber que o cheque administrativo cai na hora. Ou seja, o banco debita o valor na conta imediatamente ao adquirir esse cheque. E embora seja nominal, esse tipo de pagamento pode ser endossado, já que o beneficiário pode repassar a um terceiro. No entanto, ele não pode ser cancelado (sustado).

Cheque sem fundos (CCF)

Assim como o uso de cheques caiu, também houve redução na quantidade de cheques sem fundos.

Enquanto, em 1997, quase 57 milhões de cheques foram devolvidos por falta de fundos, no ano passado foram 13,6 milhões.

A saber, um cheque é considerado sem fundos quando ele é devolvido duas vezes porque não tinha saldo na conta.

Na primeira apresentação, ele tem o motivo 11, na segunda, o 12. Mas se a conta estiver encerrada, seria motivo 13. Ou ainda o 14 no caso de prática espúria.

Assim, após a segunda devolução, o banco deve incluir o nome do emitente no CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos).

Quem tem o nome no CCF enfrenta tantas restrições quanto uma pessoa com uma dívida negativada na Serasa.

Confira alguns motivos de devolução de cheques.

Cheque devolvido motivo 22

Neste caso, houve divergência na assinatura do documento ou não há assinatura. Com isso, ocorreu um impedimento ao pagamento.

Cheque devolvido motivo 31

Entre os motivos de devolução por irregularidades, temos o motivo 31. Isso significa que houve um erro formal, por exemplo, sem data de emissão ou sem o valor por extenso.

Cheque devolvido motivo 48

O motivo 48 está relacionado à apresentação indevida do pagamento quando o valor é maior do que R$100. Em outras palavras, não houve a indicação do beneficiário na folha de pagamento.

Conclusão

Com as inovações nos meios de pagamento, principalmente com o Pix, o cheque perdeu muito espaço. De acordo com a Febraban, os canais digitais (internet e mobile banking) atualmente concentram 67% das transações feitas no país.

Mais de 71% dos brasileiros já usam o Pix. E, em pouco mais de um ano, ele já movimentou R$4 trilhões em mais de 7 bilhões de transações.

Embora o cheque ainda não esteja em extinção, os concorrentes digitais tornaram esse meio de pagamento altamente obsoleto.

Assuntos similares

Cheque especial

É um tipo de crédito que os bancos oferecem direto na conta. Na prática, ele funciona como um limite da conta corrente. Assim, se o cliente gastar mais do que o saldo disponível, aciona automaticamente esse crédito para efetuar o pagamento. Entretanto, por ser fácil e disponível, costuma ter altas taxas de juros.

Cheque compensado

É aquele que foi depositado e o valor foi creditado na conta do receptor. Ou seja, o pagamento foi realizado normalmente.

Cheque caução

A saber, caução significa garantia. Nesse sentido, cheque caução é um documento que garante que o pagamento vai ser feito de outra forma. Por exemplo, no aluguel imobiliário, é comum ter essa forma de garantia. Se todos os pagamentos ocorrerem corretamente, o proprietário devolve o cheque ao inquilino. Mas, se houver qualquer problema, o cheque pode ser descontado.

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.