A China tem introduzido diretrizes para eliminar gradualmente os microprocessadores e chips das norte-americanas Intel (INTC; ITLC34) e AMD (AMD; A1MD34) dos computadores e servidores do governo, noticiou o Financial Times neste domingo.
A orientação para aquisição também procura deixar de lado o sistema operacional Windows da Microsoft (MSFT; MSFT34) e software de banco de dados desenvolvido por empresas estrangeiras, favorecendo opções domésticas, segundo a reportagem.
As agências governamentais acima do nível municipal foram instruídas a incluir critérios que exijam processadores e sistemas operacionais “seguros e confiáveis” ao fazer compras, disse o jornal.
O Ministério da Indústria da China em dezembro emitiu uma declaração com três listas separadas de CPUs, sistemas operacionais e bancos de dados centralizados considerados “seguros e confiáveis” por três anos após a data de publicação, todos de empresas chinesas, mostraram verificações da Reuters.
Guerra dos chips
Conforme o FT, no mesmo dia de dezembro, a agência estatal de testes, Centro de Avaliação de Segurança de Tecnologia da Informação da China, publicou sua primeira lista de processadores e sistemas operacionais aprovados, todos de empresas chinesas.
Entre os 18 processadores aprovados estavam chips da Huawei e do grupo estatal Phytium.
Ambos estão na lista negra de exportações de Washington. Os fabricantes de processadores chineses estão usando uma mistura de arquiteturas de chips, incluindo x86 da Intel, Arm (ARM) e arquiteturas locais, enquanto os sistemas operacionais são derivados de software Linux de código aberto.
O gabinete de informação do Conselho de Estado da China, que trata das questões da comunicação social para o conselho, não respondeu de imediato a um pedido de comentário enviado por fax.
A Intel e a AMD não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.