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China diz aos EUA que Brasil “merece respeito” sobre adesão à Rota da Seda

Li manifestou o "forte descontentamento e veemente oposição" do país à avaliação norte-americana

por Redação Dinheirama
China

O porta-voz da embaixada da China no Brasil, Li Qi, enviou nesta sexta-feira, 25, à imprensa uma carta rebatendo o governo dos Estados Unidos que sugeriu ao País pesar os riscos de aderir à Nova Rota da Seda, um programa do gigante asiático para ampliar sua atuação no comércio internacional e enfatizou que o País “merece respeito”.

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“Recentemente, uma alta autoridade do governo dos Estados Unidos, que esteve no Brasil para participar de uma reunião multilateral, emitiu comentários irresponsáveis sobre debate brasileiro para cooperações relacionadas à Iniciativa Cinturão e Rota”, citou.

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O diplomata se refere a uma entrevista concedida pela representante de Comércio norte-americano, Katherine Tai, à Folha de S.Paulo na quarta-feira, 23.

Li manifestou o “forte descontentamento e veemente oposição” do país à avaliação norte-americana. “Tal ato carece de respeito ao Brasil, um país soberano, e despreza o fato de que a cooperação sino-brasileira é igualitária e mutuamente benéfica”, escreveu no texto intitulado “Declaração do porta-voz da Embaixada da China no Brasil sobre comentários equivocados de alta autoridade do governo dos EUA em relação à China.”

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E continuou: “O Brasil merece ser respeitado. É uma grande nação que defende sempre sua independência e tem grande projeção internacional.”

O texto prossegue, dizendo que o Brasil não precisa que outros venham ditar ao País com quem deve cooperar ou que tipo de parcerias deve conduzir.

“A China valoriza e respeita o Brasil desde sempre. O fortalecimento da cooperação sino-brasileira está alicerçado na confiança mútua e na convicção no futuro do outro. Os fatos não deixam margem para distorção”, afirmou, lembrando que, nos 50 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Brasil, a cooperação entre os dois países tem se expandido e aprofundado continuamente.

De acordo com a carta, as trocas são um importante impulso ao desenvolvimento econômico e à melhoria do bem-estar social das duas nações.

A China, lembrou, é o maior parceiro comercial, maior mercado de exportação e a principal fonte de superávit do Brasil e questionou se esse dado representa um risco e não uma oportunidade. Para ele, a visão americana contraria os fatos e a lógica básica.

“A Iniciativa Cinturão e Rota é uma importante medida para promover uma abertura de alto nível da China ao mundo e ao mesmo tempo, uma plataforma internacional para levar adiante um desenvolvimento inclusivo e universalmente benéfico da globalização econômica”, argumentou.

O diplomata também escreveu que a iniciativa está aberta para países com as mesmas aspirações do gigante asiático, em busca de uma cooperação de consulta extensiva, contribuição conjunta e resultados compartilhados.

“Diferentemente de certas pessoas, jamais coagiríamos nossos amigos a abandonarem parceiros específicos para se juntarem a nós. A China está firmemente comprometida com o respeito mútuo, a cooperação igualitária e o desenvolvimento conjunto com o Brasil, de maneira a trazer maiores benefícios aos povos dos dois países e contribuir com energia positiva para a comunidade internacional.”

O representante da China no País disse ainda acreditar que a cooperação sino-brasileira, ao alcançar níveis mais elevados, chamará maior atenção do mundo.

“Seria algo positivo se outros países, em resposta, valorizassem ainda mais o Brasil e aumentassem realmente seus investimentos em cooperação com o País.”

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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