A China precisa desempenhar um papel construtivo nas negociações da Organização Mundial do Comércio para reformar as regras do comércio global sobre subsídios industriais ou corre o risco de que os rivais estabeleçam suas próprias políticas às custas da China, disse o chefe de comércio da União Europeia nesta segunda-feira.
Os ministros dos 164 membros da OMC se reunirão em Abu Dhabi para uma conferência bienal de 26 a 29 de fevereiro, com o objetivo de chegar a um acordo sobre as reformas do próprio órgão de comércio global, sobre o comércio eletrônico e sobre os subsídios para a pesca e a agricultura.
O comissário europeu de comércio, Valdis Dombrovskis, disse que a UE está interessada em conduzir o debate sobre política comercial e industrial, o que inclui permitir que os países menos desenvolvidos se industrializem e, ao mesmo tempo, limita o efeito distorcivo dos subsídios em outros lugares.
“É importante o tipo de posição que a China assume nessas discussões”, disse Dombrovskis à Reuters em uma entrevista.
Segundo ele, a China é indiscutivelmente o país que mais se beneficiou da OMC, o que significa que ela deveria estar interessada em preservá-la e pronta para enfrentar novos desafios.
“Se essas questões não forem resolvidas, diferentes países começarão a resolvê-las uma a uma, de acordo com seu próprio entendimento e dinâmica política”, disse ele, acrescentando que isso poderia ser mais prejudicial para a China, que é voltada para a exportação.
Não houve nenhum comentário imediato da China sobre suas falas.