A Cielo (CIEL3) teve lucro líquido consolidado 456,7 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 8,3% frente ao mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela maior empresa de meios de pagamentos do país nesta terça-feira.
De acordo com a companhia, foi o maior resultado recorrente para um terceiro trimestre desde 2018. Analistas esperavam, em média, lucro de 447,11 milhões de reais, segundo dados da LSEG.
A receita operacional líquida, porém, caiu 0,7%, para 2,6 bilhões de reais, com a divisão Cielo Brasil mostrando queda de 3,1%, enquanto a unidade Cateno teve expansão de 3,1%. Já a receita de aquisição de recebíveis (“ARV”) aumentou 59%, para o recorde de 442 milhões de reais.
Os custos dos serviços prestados apresentaram redução de 12,2% ano a ano, enquanto as despesas operacionais aumentaram 31,9%.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), contudo, caiu 1,5%, para 991,3 milhões de reais, o que a companhia atribuiu à menor volumetria na unidade Cielo Brasil. Analistas previam 1,18 bilhão de reais.
A empresa acrescentou que houve redução da penetração da antecipação automática dos segmentos varejo e empreendedores na Cielo Brasil, mas disse que o efeito no Ebitda foi parcialmente compensado pelo crescimento das operações de ARV nesse segmento, o que beneficiou o resultado financeiro.
“A queda observada em relação ao segundo trimestre de 2023 refere-se principalmente a efeito baseline, dado que, naquele período, o Ebitda se beneficiou de movimentação de provisões relacionadas ao ISS Municipalidade”, acrescentou.
O Ebitda de Cielo Brasil caiu 9,8%, enquanto na unidade Cateno o Ebitda aumentou 9%.
A Cielo também anunciou nesta terça-feira que seu conselho de administração aprovou juros sobre capital próprio (JCP) no montante de 191,719 milhões de reais (0,07108070009 real por ação em termos brutos), que serão pagos aos acionistas em 23 de novembro com base na posição acionária de 7 de novembro.