Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 22, em meio ao esperado aumento de licenças de perfuração sob o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, o que amplia o risco de superprodução.
As cotações absorveram também a ameaça do republicano de impor tarifas e sanções à Rússia caso a guerra na Ucrânia persista.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para março fechou em queda de 0,51% (US$ 0,39), a US$ 75,44 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,36% (US$ 0,29), a US$ 79,00 o barril.
Incertezas sobre sanções ao Irã, tarifas americanas sobre Canadá e México, e a possibilidade de encerramento do conflito entre Rússia e Ucrânia podem fornecer apoio ao petróleo, afirma a Ritterbusch.
Faça parte da Imersão Omaha e conheça Warren Buffett com Thiago Nigro
Para o TD Securities, o petróleo WTI pode ter um aumento temporário se um “regime de sanções mais robusto for imposto à Rússia”.
Em contrapartida, o banco de investimentos alerta que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) está “superproduzindo mais de um milhão de barris por dia, com uma capacidade ociosa de mais de cinco milhões de barris por dia. Assim, é improvável que o petróleo registre novos aumentos sustentáveis de preços”.
Para o ING, a atenção do mercado de petróleo voltada para a política comercial de Trump. “Os riscos comerciais e tarifários e o potencial de retaliação estão crescendo”, afirma o banco holandês.
A Pepperstone segue na mesma linha, dizendo que a direção política do republicano pode desempenhar um “papel dominante” na trajetória da commodity no curto prazo.
Mais cedo, o Citigroup também elevou a previsão para o Brent para US$ 75 no primeiro trimestre e US$ 68 no segundo trimestre, citando tensões geopolíticas.
A maioria das revisões teve alta de cerca de US$ 5 ante projeções anteriores do banco, que previu ainda queda da commodity a US$ 63 no terceiro trimestre.
(Com Estadão Conteúdo)