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Clubes de Investimento são uma boa?

por Ricardo Pereira
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Procurar ótimas oportunidades de investimento faz parte (ou deveria fazer) da vida de quem busca o sucesso financeiro[bb]. O Dinheirama, buscando sempre mostrar as alternativas existentes no mercado, abordará hoje um dos melhores caminhos para quem pensa em iniciar seus investimentos no mercado de ações: os Clubes de Investimento, a nova sensação do momento na Bovespa.

O que é um Clube de Investimento?
É um grupo de pessoas, com algum tipo de afinidade, criado com um objetivo específico: investir no mercado de ações[bb]. Muitos definem um clube assim como uma escola de investidores, tendo como diferencial a possibilidade do cotista participar ativamente da política de investimentos, decidindo quanto e em qual ação investir.

Como tudo começou?
O primeiro clube de investimentos surgiu nos EUA há mais de 100 anos. Por lá, existem hoje mais de 60 mil clubes, totalizando mais de um milhão de cotistas, segundo dados da Proshare, uma organização do Reino Unido que se dedica a estudar e estimular essa atividade.

A situação no Brasil
A Bovespa listou 102 novos clubes de investimento em março, número recorde num único mês, o que eleva para 2.372 a quantidade de clubes criados desde o início do programa de popularização, em setembro de 2002. Outro destaque é o volume financeiro de operações de empréstimo de ações, que superou a marca de R$ 30 bilhões.

Em 2008, já são 265 novos registros. O patrimônio líquido totalizou R$ 14,94 bilhões e o número de cotistas, 154.625, segundo os últimos dados disponíveis.

Vantagens de um Clube de Investimentos
As principais vantagens de um clube de investimentos em relação a um fundo de investimentos em ações são:

  • A maior influência dos membros na gestão da carteira;
  • Maior flexibilidade em ajustar a carteira ao perfil do grupo de investidores;
  • Taxa de administração mais baixa;
  • Estrutura de gestão mais enxuta que a de um fundo;
  • Custos menores: em um clube não existem encargos com auditorias, fiscalização da CVM, as correspondências aos cotistas são em menor número e menos detalhadas.

Comparativo entre os investimentos em ações

Tributação de clubes de investimento
De acordo com a Bovespa, os rendimentos obtidos no resgate de cotas de clubes de investimento, cujas carteiras sejam constituídas, no mínimo, por 67% de ações negociadas no mercado à vista de bolsas ou entidades assemelhadas, são tributados à alíquota de 15%.

A responsabilidade pelo recolhimento do imposto, que acontece no terceiro dia útil da semana subseqüente ao resgate, é do administrador do clube.

Caso a carteira do Clube de Investimento (que deve, como regra geral, ter ao menos 51% dos recursos investidos em ações) não atinja o percentual mínimo de 67% em ações negociadas no mercado à vista, aplica-se tributação idêntica à da renda fixa: semestralmente com vencimento da carência, à alíquota de 15%, e, se necessário, variando de 15% a 22,5% no resgate, de acordo com o tempo da aplicação:

  • Aplicações até 180 dias: 22,5%;
  • Aplicações de 181 a 360 dias: 20%;
  • Aplicações de 361 a 720 dias: 17,5%;
  • Aplicações acima de 720 dias: 15%.

Registro e fiscalização do Clube de Investimento
A BOVESPA é quem registra o clube e o fiscaliza, em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão do governo que regulamenta todo o mercado de ações[bb]. Para operacionalizar um clube é necessário procurar uma corretora.

Caberá a ela cuidar da parte burocrática do investimento, como manter um cadastro de participantes, receber e conciliar os aportes de dinheiro ou custodiar os ativos. Quando o grupo decidir em que papel investir, será a administradora que irá concretizar o negócio.

No site especial sobre Clubes de Investimento, mantido pela Bovespa, você encontra um vasto material sobre o assunto. Palestra virtual, rentabilidade dos clubes de investimentos, regulamentação, modelo de estatuto e a lista de corretoras que administram clubes são algumas das ótimas páginas encontradas por lá. Aprenda mais também nos links abaixo:

O surgimento dos clubes de investimentos contribui muito para a popularização dos investimentos em ações, o que é ótimo. Participar mais da tomada de decisões, um grande benefício dos clubes, pode elevar o seu comprometimento e responsabilidade com o dinheiro, além de colaborar imensamente com o seu aprendizado. Clubes de Investimento são uma ótima idéia.

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Ricardo Pereira é Analista Financeiro Sênior da ABET Corretora de Seguros, trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama.
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Crédito da foto para Marcio Eugenio.

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