Autoridades de saúde da Faixa de Gaza passaram a armazenar os cadáveres de palestinos mortos pelos ataques aéreos israelenses em caminhões refrigerados para entrega de sorvetes, uma vez que levá-los a hospitais é muito arriscado e os cemitérios estão sem espaço.
Israel está realizando seu mais duro bombardeio contra a Faixa de Gaza, em resposta ao ataque do grupo militante palestino Hamas, que realizou sua mais mortal ofensiva contra o Estado judaico em décadas.
“O necrotério do hospital só comporta dez corpos, então trouxemos freezers das fábricas de sorvetes para acomodar um grande número de mártires”, afirmou o Yasser Ali, médico do hospital Shuhada Al-Aqsa, em Deir Al-Balah.
Os caminhões refrigerados, que ainda carregam imagens de crianças sorrindo e tomando casquinhas de sorvete, são normalmente usados para entregar os produtos em supermercados. Agora se tornaram necrotérios improvisados para as vítimas da guerra entre o Hamas e o Exército israelense.
Neste domingo, os militares israelenses afirmaram que ainda permitirão que civis da Faixa de Gaza rumem ao sul antes de um grande ataque em retaliação às ações de oito dias atrás, quando homens armados do Hamas mataram 1.300 pessoas em Israel.
As autoridades de Gaza disseram que os ataques aéreos israelenses mataram mais de 2.300 pessoas, um quarto delas crianças, e quase 10.000 ficaram feridas até o momento. Os hospitais estão com falta de suprimentos e lutando para lidar com o número crescente de feridos.
Israel prometeu aniquilar o Hamas depois que seus combatentes invadiram cidades israelenses em 7 de outubro, atirando em homens, mulheres e crianças e fazendo reféns. Isso significa que o número de mortos em Gaza aumentará drasticamente.