A falta de organização e planejamento financeiro muitas vezes pode levar a situações de endividamento e descontrole de gastos. Por isso é importante utilizar recursos que ajudem na mudança de hábitos e no gerenciamento diário das finanças.
A planilha de gastos mensais é uma das ferramentas mais eficientes nesse processo. Este artigo traz sete passos para criar uma planilha de gastos que mais se adapta à rotina de cada pessoa.
Por que uma planilha de gastos mensais pode fazer toda a diferença
A planilha de gastos mensais é como um caderno de anotações das finanças. Nela é possível anotar tudo que ganha e tudo que gasta em um mês e entender para onde está indo o dinheiro. Dessa forma, ajuda a trazer mais consciência e organização financeira.
A planilha de gastos ajuda a identificar hábitos que prejudicam as finanças e a prevenir gastos impulsivos ou excessivos. Ter um bom controle das despesas mensais pode ajudar até mesmo a realizar objetivos financeiros maiores.
Como criar uma boa planilha de gastos mensais
Não existe uma fórmula pronta para criar uma planilha de gastos. A melhor ferramenta será aquela que se adapta à sua realidade e torna o acesso mais fácil para preenchimento das informações.
Há quem goste do Excel. Outros se dão melhor com um aplicativo. Tem quem prefira papel e caneta. Para quem é do mundo digital, existe uma série de modelos prontos por aí, que podem ser baixados gratuitamente na internet ou servir de modelo para criar a própria ferramenta.
A Serasa, que tem compromisso com a educação financeira, disponibiliza um modelo gratuito, acessível e fácil de ser preenchido, a Tabela de Planejamento Financeiro.
Independentemente de qual usar, saiba o que não pode faltar na planilha de gastos mensais para que ela consiga trazer bons resultados.
1. Separe por meses do ano
Em primeiro lugar, é importante focar no mês a mês para entender como estão os gastos em um período específico. Por isso, divida a tabela por meses.
Na ferramenta da Serasa, que é feita pelo Excel, por exemplo, basta criar uma aba para cada mês do ano. Assim, fica mais fácil visualizar cada período e retomar os anteriores.
2. Anote todas as receitas de cada mês
O segundo passo é anotar todos os valores que entraram dentro daquele período, na forma de salário, décimo terceiro, eventual PPR ou PLR, férias, aluguel da garagem do prédio, trabalho extra e outros. Esses ganhos variam mês a mês, então é importante registrar dentro da realidade daquele período.
3. Mapeie os gastos
Depois de anotar as receitas, é hora de identificar todos os gastos. Aqui é possível dividir em duas tabelas: o quanto deveria ter sido gasto (o planejamento inicial do mês, com as contas fixas e variáveis) e o quanto de fato foi gasto, exatamente como faz a tabela disponibilizada pela Serasa.
A primeira deve ser preenchida logo no início do mês, trazendo as previsões. A segunda vai sendo preenchida aos poucos, conforme cada despesa for aparecendo.
A vantagem dessa divisão é justamente ajudar a perceber para onde estão indo os excessos. Identificar o que acontece no meio do caminho é essencial para manter o controle e organizar melhor os gastos.
4. Calcule a porcentagem do total de gastos
Outro detalhe que pode fazer toda a diferença na planilha de gastos de mensais é calcular quanto representa cada despesa dentro do total disponível em caixa naquele mês. Isso pode ser feito por meio da porcentagem.
Por exemplo: o gasto com aluguel do apartamento consumiu 10% do valor total que entrou em determinado mês, enquanto o supermercado 20% e o uso do Uber outros 20%.
Com isso, percebe-se que o transporte está custando mais que a própria moradia, o que pode ser considerado alto. Para o ano seguinte, portanto, é possível criar uma estratégia para reduzir esse gasto.
Para quem tem dificuldade de levantar essa porcentagem, algumas ferramentas já fazem o cálculo automaticamente, como acontece com a calculadora da Serasa:
5. Acrescente uma coluna para somar as sobras de cada mês
Paralelamente à divisão por períodos, crie uma coluna fixa para todos os meses do ano. Ali, vá somando todos os valores que sobram em cada mês, caso isso aconteça.
Assim é possível conferir os avanços conquistados ao longo do tempo, ainda que lentos. É possível até mesmo comparar os meses que vieram antes de conseguir guardar dinheiro, ajudando a identificar quais mudanças fizeram diferença.
6. Separe 10% do que sobrou em uma aplicação
Depois que o dinheiro começar a sobrar, já é possível dar um passo maior. Uma parte das das sobras (10%, por exemplo) pode ser aplicada em investimentos de renda fixa, como CDI ou CDB.
Assim, além de fazer o dinheiro começar a render, isso também serve de treinamento para se familiarizar com o funcionamento do mundo dos investimentos.
A Serasa ajuda nesse processo e previu uma coluna para ajudar no cálculo:
Estabeleça Metas
Por fim, estabeleça a usar a planilha de gastos mensais a seu favor. Com os cálculos de cada mês, estabeleça metas maiores para alcançar até o fim do ano, como comprar uma casa ou um carro ou até viajar de férias, por exemplo.
A ferramenta da Serasa não só ajuda nessa identificação, como também mostra em quanto tempo aquela meta foi alcançada: