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Com ecossistema aquecido, Austrália é destino atrativo para startups brasileiras

O estado de Victoria também tem atuado com iniciativas importantes com o intuito de promover Melbourne como líder em inovação global

por Agência Sebrae
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Austrália

O ecossistema de startups australiano está cada dia mais aquecido. De acordo com o relatório Global Startup Ecosystem Report 2023 (GSER 2023), publicado pela Startup Genome, duas cidades da Austrália aparecem entre os 50 principais ecossistemas de startups do mundo – Sydney, capital do estado de Nova Gales do Sul, e Melbourne, capital de Victoria.

Sydney, que ocupa o 20º lugar no ranking do GSER 2023, é o principal centro financeiro e de negócios da Austrália e se destaca com startups de fintech, cleantech, manufatura avançada e robótica. Além de ser sede das principais empresas de capital de risco, abriga mais de 600 empresas multinacionais, incluindo os casos de sucesso da Canva e Atlassian. A cidade possui também 4 unicórnios. Ainda segundo o relatório, entre os anos de 2018 e 2022 o total de financiamento de capital de risco apurado na cidade foi de USD 9,1 bilhões.

Já a capital do estado de Victoria, Melbourne, representa cerca de 22,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é um importante centro de negócios regional. Na edição de 2023 do GSER, Melbourne subiu seis posições em relação à edição anterior, classificando-se em 33º lugar. O estudo também aponta que a cidade teve um total de financiamento de capital de risco de USD 4,9 bilhões entre 2018 e 2022, possui 3 unicórnios e concentra startups principalmente dos setores de ciências da vida, finanças, inteligência artificial, big data e análise de dados.

Em Nova Gales do Sul, o governo tem investido no desenvolvimento de um grande distrito de inovação localizado em Sydney, chamado Tech Central. Com 250 mil m² de espaço para empresas de tecnologia na região central de Sydney, será o maior do gênero na Austrália e vem sendo promovido pelo governo como o “Vale do Silício do Hemisfério Sul”.

O estado de Victoria também tem atuado com iniciativas importantes com o intuito de promover Melbourne como líder em inovação global. Por meio das agências Invest Victoria, responsável pela atração de investimentos do estado, e Global Victoria, responsável por facilitação de comércio, o governo busca incentivar líderes mundiais em inovação a estabelecer operações e atrair investidores estrangeiros para o estado.

Mercado em expansão e proximidade estratégica com a Ásia

Segundo Leonardo Rabelo, Cônsul-adjunto do Consulado-Geral do Brasil em Sydney e Chefe do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação, o destino australiano, que ainda é pouco explorado, não deve ser negligenciado. De acordo com ele, há um grande interesse do governo federal australiano em desenvolver o ecossistema e atrair empresas estrangeiras. O empenho é, sobretudo, de governos estaduais, que possuem comunidades de startups abertas para acolher outras empresas e oferecem estrutura, subsídio e programas de internacionalização.

Na visão de Leonardo, alguns fatores facilitam a inserção de startups brasileiras no país. “Em todos os setores você encontra brasileiros. Nas comunidades de startups, nas empresas locais, incubadoras. E isso é algo que facilita esse processo de inserção, de internacionalização de empresas brasileiras. Há uma ponte entre as duas culturas”, afirma.

Além disso, a Austrália pode ser uma porta de entrada estratégica para acessar o mercado asiático. Por estar localizado na região da Ásia-Pacífico, o país possui uma forte conexão com a Ásia como um todo e tem como principais parceiros comerciais países como China, Japão, Índia, Singapura, Tailândia e Indonésia, grandes mercados com muitas empresas globais. Além disso, destaca-se também a proximidade com a Nova Zelândia, país equiparadamente menor, mas de muito peso no mercado local. No entanto, não só os países asiáticos possuem sede em cidades da Austrália, como também empresas australianas têm escritório neles.

“Não se trata apenas da Austrália, mas da região como um todo. Há bastante espaço, bastante áreas para serem exploradas pelas empresas brasileiras aqui”, destaca.

Incentivo à internacionalização de startups brasileiras

Como reflexo deste crescimento, entre os dias 15 e 22 de outubro, o país será palco do Festival SXSW, um dos maiores eventos de tecnologia e economia criativa do mundo. O festival, que acontece desde 1987 em Austin, será realizado pela primeira vez fora dos EUA, em Sydney.

Com o intuito de fortalecer a relação do Brasil com a Austrália e fomentar ainda mais a interação entre os países, o Sebrae e o Consulado-Geral do Brasil em Sydney lançaram a Missão SXSW. A ação realizada pelas entidades irá selecionar pelo menos 10 startups brasileiras para participarem do Festival SXSW 2023. As selecionadas ganharão dois ingressos cada uma para o evento. As 3 mais bem classificadas no processo seletivo da Missão contarão ainda com um stand próprio, de 9 metros quadrados, para exporem o seu negócio durante o evento.

Foi elaborado também um programa abrangente de imersão para antes da missão, com workshops preparatórios on-line sobre o “Ecossistema de inovação da Austrália”, visitas técnicas, interação com alguns dos principais atores do cenário de empreendedorismo inovador e uma reunião com o Cônsul-Geral do Brasil em Sydney. O objetivo da programação especial pré-evento é que as empresas selecionadas já façam conexões com atores locais e com possíveis parceiros de negócios que estarão presentes no festival.

Através da plataforma Sebrae Startups, que reúne todas as iniciativas do Sebrae para startups no país, os negócios inovadores brasileiros têm até o dia 19 de agosto para se inscrever e ter a oportunidade de implementar tecnologias e soluções inovadoras em solo australiano.

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