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Com “surpresa” da Moody’s, Ibovespa sobe 0,77%

Nesta quarta-feira, o índice oscilou de mínima na abertura aos 132.495,16 pontos até os 134.921,66 na máxima do dia

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Bolsa de São Paulo

Após 11 sessões, o Ibovespa (IBOV), embalado em parte pela elevação da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, ensaiou retomar o nível dos 134 mil pontos nesta quarta-feira, mas perdeu força em direção ao fechamento, em alta limitada a 0,77%, aos 133.514,94 pontos.

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Nesta quarta-feira, o índice oscilou de mínima na abertura aos 132.495,16 pontos até os 134.921,66 na máxima do dia, com giro financeiro a R$ 21,5 bilhões. Na semana, sobe 0,59% e, no mês, ganha 1,29%. No ano, acumula perda de 0,50%.

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“Decisão da Moody’s surpreendeu grande parte do mercado, e foi o grande tema do dia: o Ibovespa subia quase 2% mais cedo, encostando nos 135 mil pontos, e todos os papéis do índice chegaram a avançar na sessão. Depois, perdeu força à tarde, com o mercado atento também ao cenário externo”, observa Jennie Li, estrategista de ações da XP, citando ainda a expectativa para a divulgação do relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em setembro, nesta sexta-feira.

No fechamento, um número limitado de componentes da carteira teórica destoavam do Ibovespa, com destaque para Vamos (VAMO3) (-6,66%), Brava (BRAV3) (-2,28%) e Carrefour (CRFB3) (-1,95%) na ponta perdedora.

No lado oposto, Pão de Açúcar (PCAR3) (+7,25%), Azul (AZUL4) (+4,87%) e Cyrela (CYRE3) (+4,51%). Entre as ações de maior liquidez, o alinhamento foi positivo, com destaque para grandes bancos, como Bradesco (BBDC3;BBDC4) (ON +3,16%, PN +3,61%), e para os carros-chefes das commodities, como Petrobras (PETR3;PETR4) (ON +1,17%, PN +1,38%) e Vale (VALE3) (ON +0,55%).

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Para além da Moody’s, “o mercado se animou hoje com vetores como a China, que ainda ajuda o desempenho de emergentes com exposição a commodities, e um noticiário interno mais calmo”, diz Felipe Moura, analista da Finacap.

Nesta quarta-feira, o índice Hang Seng, referência de Hong Kong, subiu 6,2%, reagindo nesta quarta às recentes medidas de estímulo na China após o feriado da Semana Dourada.

Embora a reaproximação efetivada pela Moody’s, na noite da terça-feira, do rating soberano do Brasil ao nível de grau de investimento agora a Ba1 e com perspectiva positiva, a apenas um passo da concessão do selo de bom pagador, perdido pelo País em 2015 -, analistas e economistas receberam a notícia com alguma reserva, em função das persistentes preocupações sobre a condução da política fiscal doméstica.

Parte dos observadores destacou o peso conferido pela agência à avaliação da trajetória econômica e também a algumas premissas, como a estimativa – considerada otimista – sobre tendência de estabilização para dívida.

Alguns, como o economista-chefe da Reag Investimentos, Marcelo Fonseca, não apenas mostraram “surpresa” com a decisão como também sugerem que a Moody’s trouxe um olhar mais de “retrovisor” do que prospectivo.

Ele reconhece, porém, que um maior crescimento da economia melhora a capacidade de pagamento e que, até o momento, a “fotografia” do crescimento é boa, reportam os jornalistas Daniel Tozzi Mendes, Gabriela Jucá e Anna Scabello, do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “A Moody’s é a agência que mais valoriza o crescimento econômico”, acrescenta.

Assim, durante a sessão, o Ibovespa quase chegou a atingir os 135 mil pontos nível não visto no intradia desde 18 de setembro, a data do corte de juros pelo Federal Reserve.

Mas, por outro lado, os contratos de DI mostraram relativa estabilidade ao longo desta quarta-feira, chegando a sustentar uma leve queda nos prazos mais longos, embora não mantida em direção ao fechamento.

“Esse movimento nos juros foi mais tímido do que o esperado em relação à alta da Bolsa”, observa Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, destacando a “pouca movimentação” na curva do DI em relação ao upgrade concedido pela Moody’s.

De qualquer forma, na B3, ações com exposição a juros e ao ciclo doméstico, como as de varejo e construção, estiveram entre as mais beneficiadas na sessão.

Em conjunto, porém, o desempenho do setor de consumo (ICON +1,06%) foi inferior ao de materiais básicos (IMAT +1,19%), que reúne ações correlacionadas a demanda e preços formados no exterior, como as de commodities.

O dólar, por sua vez, assim como os juros, teve comportamento discreto na sessão. No fechamento, a moeda americana mostrava baixa de 0,35%, a R$ 5,4448.

O dólar à vista fechou em queda de 0,35%, a R$ 5,4448. Às 17h40, o dólar futuro para novembro registrava alta de 0,28%, a R$ 5,4600. O índice DXY, que mede o dólar contra cesta de seis moedas fortes fechou em alta de 0,48%, a 101,677 pontos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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