A disparada do dólar (USDBRL), que ultrapassou a marca de R$ 6, traz impactos significativos para a economia brasileira, especialmente às vésperas das festas de fim de ano.
Com a moeda americana valorizada, os custos de importação aumentam, atingindo diretamente setores como eletrônicos, alimentos e medicamentos, que dependem de insumos estrangeiros.
Esse cenário eleva os preços para o consumidor final, pressionando ainda mais a inflação.
Compras de final de Ano
No comércio, o efeito é sentido tanto na precificação dos produtos quanto no volume de vendas. Produtos importados, como celulares, videogames e bebidas, ficam consideravelmente mais caros, reduzindo o poder de compra da população.
Pequenos empresários também enfrentam dificuldades, já que matérias-primas dolarizadas encarecem a produção e restringem a margem de lucro.
Além disso, a alta do dólar pode prejudicar viagens internacionais, tradicionalmente procuradas no fim do ano.
Com passagens, hospedagens e outros custos atrelados à moeda americana, o turismo externo se torna menos acessível para os brasileiros.
Por outro lado, destinos nacionais podem se beneficiar com a valorização do real, atraindo tanto turistas locais quanto estrangeiros em busca de preços mais competitivos.
Política
No cenário doméstico, a falta de clareza sobre a política fiscal do governo Lula e os questionamentos sobre a sustentabilidade das contas públicas têm gerado desconfiança entre investidores, pressionando a cotação da moeda.
Além disso, a sinalização de juros altos nos Estados Unidos atrai capital estrangeiro para lá, enfraquecendo o real e dificultando a estratégia do governo para estabilizar o câmbio.