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Como os super-ricos investem em imóveis por meio de family offices

O capital levantado com esse público é aplicado de forma diferente daquele captado com bancos, utilizado em obras e listado como dívida

por Redação Dinheirama
Condomínio de Imóveis

Os super-ricos que têm fortunas geridas por family offices, escritórios de investimentos especializados na alta renda, têm acesso a oportunidades exclusivas no mercado imobiliário, tanto residencial como corporativo.

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Esses escritórios podem se tornar uma espécie de sócios dos empreendimentos logo que estão sendo criados, uma prática conhecida do ramo imobiliário, mas que antes era restrita a amigos e familiares dos empresários.

Os retornos chegam a 25% ao ano, superando com folga os rendimentos de títulos de renda fixa atrelados à Selic atual, de 11,25% ao ano.

O capital levantado com esse público é aplicado de forma diferente daquele captado com bancos, utilizado em obras e listado como dívida.

Esse dinheiro é para a etapa inicial do projeto, que começa na aquisição do terreno, e o saldo não vira dívida, vira equity.

Ou seja, é como se fosse um novo sócio entrando no projeto.

Em média, até 20% do capital necessário para um empreendimento imobiliário é captado com family offices.

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No mercado residencial, esses escritórios demonstram interesse nas duas extremidades: projetos voltados ao público de baixa renda e empreendimentos direcionados aos consumidores de alta renda.

Imóveis, aluguel
(Imagem: Freepik/@onlyyouqj)

Já os projetos para a classe média, cuja renda foi pressionada nos últimos anos, não despertam o mesmo interesse.

Crédito mais caro

Na visão de especialistas, a elevação da taxa de juros, o aumento da inflação e a disputa por mão de obra que encarece a construção de novos empreendimentos abre oportunidades para os investidores que têm fortunas geridas por family offices.

Outro componente desse quebra-cabeça é o aumento dos saques da poupança nos últimos anos, dinheiro esse que era utilizado para financiar projetos imobiliários.

Com isso, o crédito vem se tornando cada vez mais caro para as incorporadoras.

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