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Como anda o comportamento econômico dos seus filhos?

por Adriana Spacca Olivares Rodopoulos
3 min leitura
imagem-destaque-adriana

imagem-post-adrianaA Psicologia Econômica também estuda o comportamento econômico de crianças e jovens através de uma área chamada Socialização Econômica.

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Como o comportamento é a parte visível do processo de tomada de decisão que acontece dentro da cabeça de cada um de nós, observar o comportamento econômico dos filhos pode dar aos pais uma boa pista sobre como andam as representações internas dos pequenos acerca de questões econômicas.

À primeira vista pode parecer estranho juntar economia e criança em uma mesma frase. Mas antes que você ache que esse artigo não é para você porque seus filhos ainda são muito pequenos, saiba que lá pelos 2 ou 3 anos de idade a criança já começa a esboçar alguns comportamentos econômicos.

Nessa idade elas já sabem que existe uma coisa chamada dinheiro. E a primeira representação que as crianças fazem do dinheiro é que ele serve para comprar coisas. Sem saber ao certo de onde ele vem e sem ter a menor noção sobre a finitude desse recurso, a criança pequena acha que para comprar algo, basta “pegar” o dinheiro.

Se a família utiliza cartões como meio de pagamento, também é comum que a criança ache que o é o cartão que paga pelas coisas. E é muito comum ouvir crianças pequenas dizendo aos pais para “passarem o cartão” quando eles dizem que não têm dinheiro para comprar algo.

Nesse caso, basta dizer que depois você vai ter de dar o dinheiro para o cartão e nem se atreva a querer explicar o processo porque não vai fazer o menor sentido para ela.

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Como ainda não têm capacidade de abstração suficiente para entender o sistema monetário, elas criam uma primeira noção de riqueza baseada na quantidade de dinheiro e não no valor das moedas ou notas. Por isso, cofrinhos e saquinhos cheios de moedas são muito mais atraentes do que uma nota de R$ 100,00!

Ainda nessa fase, as crianças desenvolvem uma noção de valor em relação aos seus “bens”. Seus brinquedos e coisinhas, como paninhos, bichinhos esfarrapados e até objetos que não se encaixam na categoria “brinquedos” são carregados de significado e, em função disso, possuem valores diferentes.

Nessa idade, não é o preço ou a raridade do item que definem o seu valor, mas o significado que ele carrega. Por isso, muito cuidado com as limpezas de armários! E também leve esse dado em consideração quando for presentear uma criança pequena.

É essa noção de valor que permeia um outro comportamento econômico que crianças um pouco mais velhas começam a exibir: as trocas. Nossos pequenos comerciantes começam a exercitar o escambo segundo dois critérios: o de valor (dado pelo significado do “bem”) e o da quantidade.

Por essa razão, às vezes acontece da criança chegar em casa cheia de “quinquilharias” porque trocou aquele super mega ultra brinquedo caríssimo que não sei quem trouxe não sei de onde, feliz da vida e orgulhosa de si mesma por ter feito um negócio da China! Nesse caso, o melhor a fazer é evitar que esse tipo de brinquedo fique à disposição para trocas.

Tudo o que descrevi até aqui é natural em crianças pequenas. Entretanto, não é raro encontrar pessoas já adultas que tomam suas decisões econômicas segundo essa visão primitiva e infantilizada. E é a isso que precisamos ficar atentos como pais.

Nossa missão maior é preparar nossos filhos da melhor forma possível para o exercício pleno da vida adulta. Nos próximos artigos vamos falar mais sobre o desenvolvimento e a socialização econômica de crianças e jovens. Até lá!

Foto: Shutterstock. Young boy chooses one of two dvd in special store, ready

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