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Comprar na alta é a melhor estratégia agora, diz JPMorgan

Se o bull market atual for simplesmente igual à mediana, ele poderá durar mais dois anos e gerar um retorno cumulativo adicional de quase 60%, diz o banco

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Bull Market Mercado em alta
Bull Market Mercado em alta
(Imagem: Leonardo AI/ Dinheirama)

O mercado assistiu nas últimas seis semanas a uma onda de alta nos mercados, com o S&P 500 (SPXUSD) registrando um retorno de 5% desde o final de maio, com 13 máximas históricas e uma valorização de 18% em 2024, com 37 máximas históricas.

“Por que os touros estão se divertindo?”, pergunta o JPMorgan em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (12).

Segundo Sarah Stillpass, estrategista global de investimentos do banco, pode ser difícil investir ou manter o seu plano quando os mercados de ações sobem tão rapidamente, mas há três considerações que ajudam a compreender o rali e a confiar nele.

Ela faz uma provocação: “Se olharmos para os últimos 50 anos, os investidores estariam melhor investindo num ponto mais alto do que em qualquer outro dia”.

1 – A alta é justificada

A inovação está gerando lucros.

“Já não deveria surpreender os investidores que a ascensão da inteligência artificial (IA) tenha sido um importante impulsionador do desempenho do mercado. Embora a primeira etapa do rali tenha envolvido principalmente a Amazon (AMZN), Meta (META), Microsoft (MSFT), Google (GOOGL) e fabricantes de semicondutores como a Nvidia (NVDA), há agora cada vez mais participantes aproveitando desta expansão”, pontua Stillpass.

Além disso, o Federal Reserve está em posição de reduzir os juros “pelas razões certas”.

“A normalização ordenada da inflação e do crescimento apoia a ideia de que o banco central fará um ou dois cortes este ano, o que deverá ser bom para as bolsas. Desde 1985, cinco dos 10 melhores anos para o S&P 500 ocorreram quando o Fed baixou as taxas após uma recessão”, destaca Stillpass.

2 – A alta podem durar muito tempo

Segundo o JP, um bull market dura, em média, 46 meses (cerca de três vezes mais que um de baixa).

“O atual aumento no S&P 500 dura apenas 21 meses. O tempo é uma coisa; os retornos são outra. O retorno total médio de um mercado em alta é de 110%. No final de junho, o retorno total foi de apenas 50%”, calcula a estrategista.

Segundo ela, se o impulso atual for simplesmente igual à mediana, ele poderá durar mais dois anos e gerar um retorno cumulativo adicional de aproximadamente 60%.

“Dada a força do mercado ao longo dos últimos nove meses, não nos surpreende que alguns investidores estejam a sentir ‘cansaço de recuperação’ ou pensem que deveria haver uma correção. No entanto, a história indica que o ímpeto está do lado dos touros”, ressalta.

Retorno do S&P 500 durante mercados em alta e baixa

3 – S&P a 10.000 mais cedo do que você pensa

O JP ressalta as suas premissas de longo prazo projetam um retorno de 7% para ações de grande capitalização nos próximos 10 a 15 anos.

“Embora isto possa não parecer muito em comparação com os retornos totais de 28% que vimos no último ano, 7% implicaria que o S&P 500 atingirá a marca dos 10.000 em menos de uma década (é atualmente negociado entre 5.500 e 5.600)”, diz Stillpass.

Ela reforça para que, este ano, o mercado alcançou máximas em um a cada quatro pregões.

“Embora alguns estejam relutantes em “comprar na alta”, os dados sugerem que investir em picos não tem um impacto perceptível nos retornos. Em vez disso, se olharmos para os últimos 50 anos, os investidores estariam melhor investindo num ponto mais alto do que em qualquer outro dia”, conclui.

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