O Banco Safra revisou sua recomendação para as ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), atualizando a classificação para “compra”. A decisão se baseia no desempenho recente das ações, que têm mostrado fraqueza em comparação com a recuperação dos preços do alumínio.
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Desde que o banco iniciou a cobertura da CBA (CBAV3), no início de julho, as ações caíram cerca de 32%, acompanhando a queda nos preços do alumínio de US$ 2.485 por tonelada para uma baixa recente de US$ 2.162 por tonelada.
Apesar dessa queda, o Safra observa que as ações se recuperaram em 17% desde as respectivas baixas, enquanto os preços do alumínio voltaram ao nível anterior. Esse movimento reforça a perspectiva positiva do banco para a commodity. O Safra explica que “a alavancagem operacional para os preços do alumínio é essencial para o caso de investimento da CBA”, o que justifica a atualização da recomendação para compra.
Otimismo com o alumínio
O Banco Safra destaca ainda que o otimismo com o alumínio aumentou devido a fatores como a “maior probabilidade de cortes nas taxas de juros dos EUA” e a recuperação dos preços em meses sazonalmente fracos para a demanda. O banco estima que no quarto trimestre de 2024, o preço do alumínio pode chegar a até US$ 2.550 por tonelada, em comparação com a estimativa anterior de US$ 2.500 por tonelada.
Em sua análise, o Safra aproveitou para estabelecer um novo preço-alvo de 12 meses para a CBA, fixado em R$ 7,20 por ação. Essa avaliação, baseada no modelo de Fluxo de Caixa Descontado (DCF), é menor que o preço-alvo anterior de R$ 8,10 por ação. No entanto, o banco vê um potencial de valorização de 31%, com índices EV/EBITDA de 4,3x para 2025 e 3,9x para 2026.
O Safra também revisou suas projeções de longo prazo para o alumínio, reduzindo conservadoramente o preço estimado de US$ 2.511 por tonelada para US$ 2.411 por tonelada. Além disso, previsões de câmbio mais fracas resultaram em custos mais elevados para o alumínio e em uma dívida líquida maior, devido à marcação a mercado da dívida denominada em dólares.
Apesar da recomendação otimista, o Banco Safra alerta para riscos significativos que podem impactar a visão positiva sobre a CBA. Entre eles estão a “materialização do pipeline potencial de projetos e mais oferta da China e Europa” e uma possível “demanda abaixo das expectativas devido a uma desaceleração nas tendências de eletrificação e maior deterioração no setor imobiliário chinês”.
Outros riscos incluem o “fim das sanções dos EUA/Reino Unido contra o alumínio russo” e a “falha na renovação de concessões de energia hidrelétrica, resultando em maior exposição à eletricidade de terceiros”. Além disso, a oscilação dos preços do alumínio e do câmbio em relação às previsões feitas pelo Safra pode afetar o desempenho da CBA.