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Conab vê safra 6,75% menor para colheita de grãos em 2023/24

A produtividade média caiu 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na safra passada para 3.739 quilos por hectare em 2023/24

por Redação Dinheirama
3 min leitura
(Imagem: EndreF/Pixabay)

A 12ª e última projeção da safra de grãos 2023/24 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o Brasil colherá 298,41 milhões de toneladas, recuo de 21,4 milhões de toneladas, ou 6,75%, ante os 320 milhões de toneladas produzidas em 2022/23.

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A área plantada ficou em 79,82 milhões de hectares, avanço de 1,6%, ou 1,27 milhão de hectares, ante 2022/23.

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A produtividade média caiu 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na safra passada para 3.739 quilos por hectare em 2023/24.

Segundo relatório da Conab, a queda na produção entre safras se deve sobretudo às chuvas irregulares no início da janela de plantio, além do baixo volume de precipitações durante parte do ciclo das lavouras no Centro-Oeste, além do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), em São Paulo e no Paraná.

Já no Rio Grande do Sul, ocorreu o contrário: água em excesso, principalmente nas lavouras de primeira safra. Já na segunda safra ou safra de inverno, houve adversidades climáticas em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, continua a Conab.

A colheita da soja no País fechou, em 2023/24, em 147,38 milhões de toneladas, queda de 7,23 milhões de toneladas ante 2022/23 ou 4,5%, em razão do atraso do início das chuvas e das altas temperaturas nas lavouras semeadas entre setembro e novembro no Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba.

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Tal cenário obrigou ao replantio de algumas áreas e ocasionou perda de produtividade, cita a Conab.

“Só em Mato Grosso, principal Estado produtor da oleaginosa, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, quebra de 11,9% em comparação com o primeiro levantamento de safra e de 15,7% em relação à safra passada”, destaca a estatal.

“No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.”

Em relação ao milho, a colheita total ficou estimada em 115,72 milhões de toneladas, queda de 12,3% ante 2022/23, igualmente por causa de adversidades climáticas.

“Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares afetaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais”, descreve a Conab no boletim.

“No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.”

O algodão, por sua vez, teve ligeira queda de produtividade, na base de 1,5%, para 4.561 quilos por hectare.

De todo modo, com o expressivo aumento de área plantada com a fibra em 2023/24, de 16,9%, a produção subiu 15,1%, para o recorde estimado de 3,65 milhões de toneladas de algodão em caroço.

De arroz, o País deve colher 10,59 milhões de toneladas, crescimento de 5,5%, em função de aumento da área cultivada, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada por causa das cheias no Rio Grande do Sul.

No feijão, a safra deve fechar em 3,25 milhões de toneladas, 7% maior ante 2022/23, diz a Conab.

“O bom resultado é influenciado, principalmente, pelo desempenho registrado na 2ª safra da leguminosa, onde houve acréscimo de 18,5% na produção, chegando a 1,5 milhão de toneladas.”

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Dentre as culturas de inverno, o plantio já foi concluído e estima-se uma redução de 9,8% na área plantada quando comparada com a safra passada, com destaque para o trigo.

Para a principal cultura cultivada entre os cereais de inverno, a queda na área chega a 11,6%, estimada em aproximadamente 3,1 milhões de hectares.

(Com Estadão Conteúdo)

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