Um acordo orçamentário obtido de última hora no fim de semana impediu a paralisação do governo dos Estados Unidos, mas deixou autoridades pró-Ucrânia em Washington buscando nesta segunda-feira o melhor caminho para conseguir a aprovação de bilhões de dólares em mais ajuda para Kiev.
Líderes do Senado, controlado pelos democratas, partido do presidente, Joe Biden, por pequena maioria, prometeram apresentar leis nas próximas semanas para garantir a continuidade do apoio de segurança e econômico dos EUA para os ucranianos.
Mas na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição republicana, o presidente da casa, Kevin McCarthy, afirmou que precisa de mais informações do governo Biden, ao mesmo tempo que partidários o estão acusando de desenhar um “acordo secreto” com Biden para permitir a votação de um projeto de lei.
Os EUA enviaram ao governo de Kiev 113 mil bilhões de dólares em ajuda de segurança, econômica e humanitária desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Em julho, Biden pediu que o Congresso aprovasse mais 24 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia. Uma autoridade dos EUA afirmou que, a partir desta segunda-feira, o Departamento de Defesa tinha apenas mais 1,6 bilhão em caixa para substituir as armas enviadas à Ucrânia e mais 5,4 bilhões da “Autoridade de Saque Presidencial”.
Os opositores republicanos a mais ajuda à Ucrânia, muitos deles aliados do ex-presidente Donald Trump, que tentará ser eleito novamente no próximo ano, continuaram nesta segunda-feira sua campanha contra a concessão de mais dinheiro a Kiev.
O deputado republicano Matt Gaetz, que afirmou que tentará remover McCarthy da presidência da Casa nesta semana, acusou o correligionário de buscar um acordo secreto com Biden, algo que McCarthy negou.