Após cerca de oito meses de tramitação, o processo mais longo do Conselho de Ética chegou ao fim nesta terça-feira (14), com a aprovação do pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB). Em votação nominal, a maioria dos deputados concluiu que Cunha mentiu à extinta CPI da Petrobrás sobre possuir contas no exterior. O resultado foi decidido pela deputada Tia Eron (PRB), voto considerado incerto até momentos antes da votação. Com o apoio de Eron ao relatório de Marcos Rogério (DEM), Cunha perdeu por 11 votos a nove. “Não posso absolver o representado. Quero votar sim com o relatório”, disse Tia Eron.
A votação sofreu uma reviravolta com o voto de Wladimir Costa (SD), aliado de Cunha, que votou a favor da cassação do peemedebista. Momentos antes do anúncio da deputada Tia Eron, ele ainda fazia a defesa do presidente afastado da Câmara, afirmando que ele foi o grande responsável pelo processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, além disso, chamou os petistas de “vagabundos”. Antes de Costa mudar de voto, a expectativa era de que Eron poderia empatar o placar em 10 a 10. O voto de minerva ficaria a cargo do presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR), o que acabou não sendo necessário.
Governo admite erro na dimensão do reajuste de servidores
O Ministério do Planejamento informou nesta terça-feira (14), que errou nas contas ao calcular o impacto do reajuste dos servidores públicos aprovado pela Câmara dos Deputados no início de junho.
O custo para o governo federal será de R$ 67,7 bilhões entre 2016 e 2018 e não de R$ 52,9 bilhões, conforme divulgado anteriormente. O cálculo foi refeito após questionamento do jornal “Valor Econômico”.
Segundo o Planejamento, na tabela anteriormente divulgada, “houve erro técnico na apuração dos impactos decorrentes dos reajustes concedidos no período 2017-2018”. Não houve mudança em relação à estimativa para 2016, que continua sendo de R$ 7 bilhões.
Varejo registra alta de 0,5% em abril
As vendas do comércio varejista subiram 0,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
De acordo com os analistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo, o resultado veio dentro do intervalo das estimativas.
Na comparação com abril de 2015, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 6,7% em abril de 2016. No varejo restrito, as vendas acumulam retração de 6,9% no ano e de 6,1% em 12 meses.
A alta de 0,5% nas vendas do comércio varejista em abril ante março, foi verificada em três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. A atividade de supermercados e hipermercados foi o destaque, com alta de 1,0% na margem, revertendo a queda de 1,4% vista em março ante fevereiro. A atividade de supermercados representa cerca de 50% das vendas do varejo restrito.
Mercado financeiro
O mercado financeiro continua refletindo a possibilidade real de saída do Reino Unido da União Europeia. A apreensão fez com que as bolsas apresentassem resultados negativos no mundo todo. No Brasil, o mercado continua monitorando a crise política, que teve no último capítulo (até o momento) a aprovação pelo conselho de ética do relatório que pedia a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, subia +0,72% às 11h30, com 49.121 pontos, enquanto dólar apresentava baixa de -0,08%, negociado a R$ 3,476.
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