O setor de construção civil se prepara para revelar seu desempenho no quarto trimestre de 2023, e as análises do BTG Pactual (BPAC11) apontam para uma série de tendências e expectativas.
No segmento de média/alta renda, os analistas destacam uma surpreendente força nas vendas de imóveis, apesar das altas taxas de hipotecas.
“Portanto, esperamos que os incorporadores aumentem as receitas à medida que suas obras evoluem”, comentam Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Luis Mollo, analistas do BTG Pactual.
As margens brutas devem permanecer estáveis, impulsionando os lucros, embora o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e o fluxo de caixa ainda apresentem fragilidades.
Baixa renda
No cenário de baixa renda, a demanda continua robusta, especialmente impulsionada pelo programa Minha Casa Minha Vida e pelo elevado déficit habitacional.
As empresas listadas estão aumentando os lançamentos e vendas, ganhando participação de mercado no programa.
No entanto, os analistas do BTG Pactual expressam sentimentos contraditórios em relação aos resultados do quarto trimestre de 2023.
Empresas como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Plano & Plano (PLPL3) devem apresentar fortes ROEs, refletindo o crescimento das vendas e margens brutas sólidas.
Por outro lado, MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3) ainda estão em processo de recuperação de lucratividade, sob a pressão do alto endividamento.
Construtoras
A temporada de resultados do quarto trimestre deve destacar o momento positivo para as construtoras de baixa renda, com Cury e Plano & Plano surgindo como principais protagonistas, alcançando um impressionante ROE de aproximadamente 60% e um crescimento significativo do Lucro por Ação (LPA).
No segmento de média/alta renda, a Lavvi (LAVV3) deve se destacar com um ROE impressionante de 26%, enquanto a Melnick Even (MELK3) pode registrar um forte crescimento do LPA.
Além disso, a Cyrela (CYRE3) está posicionada para continuar apresentando resultados sólidos, graças a uma execução operacional impecável.