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Consumo de diesel B e biodiesel do Brasil baterá recordes em 2024, prevê StoneX

Segundo a StoneX, a participação do óleo de soja como matéria-prima vem avançando em relação ao registrado entre o final de 2022 e o início deste ano

por Reuters
3 min leitura
Soja

 O consumo de diesel B e biodiesel do Brasil deverá seguir forte no ano que vem, alcançando novos recordes, diante da perspectiva econômica positiva e por um esperado aumento de safra de soja, que eleva a demanda por transporte e usos na agricultura, projetou nesta sexta-feira a consultoria StoneX.

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A demanda por diesel B (misturado com biodiesel) deverá aumentar 2,13% em 2024 ante 2023, para 66,5 bilhões de litros, renovando um recorde esperado para este ano, segundo a StoneX.

“A tendência para o próximo ano segue de um mercado de diesel B aquecido. Tal situação ocorre em meio às perspectivas mais positivas sobre as atividades econômicas brasileiras que, mesmo com uma desaceleração, devem seguir em crescimento…”, afirmou o relatório assinado pelos analistas da StoneX Bruno Cordeiro, Leonardo Rossetti e Isabela Garcia.

“Paralelo a isso, a safra de soja deve seguir operando em expansão em 2024, com a StoneX estimando um avanço da produção de 4% no comparativo com o ano anterior, favorecendo um aumento da demanda por diesel, que acaba servindo como principal combustível para o fluxo logístico agrícola do país…”, completou.

Em relatório, a consultoria aumentou a previsão de consumo de diesel B em 2023 no país para máxima histórica de 65,1 bilhões de litros, versus 64,3 bilhões na previsão anterior.

Já o consumo de biodiesel no Brasil foi estimado em 7,6 bilhões de litros em 2023, ante 7,4 bilhões na litros na previsão anterior, na esteira do maior consumo do diesel B.

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Atualmente, o diesel B é vendido com uma mistura de 12% de biodiesel, que deve aumentar para 13% em 2024, segundo o cronograma definido pelo governo.

Com isso, a demanda brasileira de biodiesel está estimada em 8,5 bilhões de litros em 2024, nova máxima histórica.

“As perspectivas de crescimento do PIB e de safras muito positivas devem levar o país a um novo recorde de consumo de diesel B em 2024. Neste cenário, considerando a mudança da mistura do biodiesel no diesel de 12% para 13% a partir de abril, o crescimento do consumo do biocombustível deve mostrar ritmo ainda mais intenso”, afirmou.

Isso também tem favorecido a demanda por óleo de soja, principal matéria-prima do biodiesel no Brasil.

Segundo a StoneX, a participação do óleo de soja como matéria-prima vem avançando em relação ao registrado entre o final de 2022 e o início deste ano.

“Enquanto em janeiro e fevereiro, o óleo de soja compôs respectivamente 73% e 77% da matéria-prima utilizada na produção de biodiesel, a partir de março essa participação mensal alcançou os 80%, chegando a atingir os 85% em maio e julho”, destacou.

No acumulado entre janeiro e agosto, o óleo de soja correspondeu a cerca de 82,5% de todo o insumo utilizado na produção do biocombustível.

“Com a expansão do óleo de soja, algumas matérias-primas perderam espaço, com destaque para o sebo bovino, que chegou a possuir um share de 10% nos primeiros meses do ano, mas que em agosto contabilizou apenas 5,0%”, pontuou.

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