A Copel (CPLE6) tem cortado custos aceleradamente, como o plano de demissões anunciado na quarta-feira, e deve continuar no mesmo ritmo, avalia a XP Investimentos.
Cerca de 25% dos funcionários da companhia aderiram ao PDV, o que deve resultar em uma economia de R$ 428 milhões por ano. O custo total será de R$ 610 milhões em 2023.
“Acreditamos que esta é uma notícia positiva para a Copel, pois os números foram fortes e mostraram que o potencial de redução de custos após a privatização é enorme, apesar dos cortes já feitos”, avaliam Vladimir Pinto e Maíra Maldonado.
Segundo eles, além do turnaround operacional, o outro gatilho para as ações é a mudança na metodologia TUST, a qual é parcela destinada ao pagamento do transporte de energia das usinas até as subestações.
“Estimamos um impacto positivo de cerca de R$ 1 bilhão a R$ 1,3 bilhão de VPL (Valor presente líquido), dado que suas UHEs estão principalmente na região Sul e tiveram seu prazo de concessão recentemente ampliado para mais de 30 anos”, apontam.
A recomendação de compra foi reiterada. O preço-alvo estabelecido é de R$ 10, sugerindo um potencial de valorização de aproximadamente 20%.