A Coreia do Norte denunciou nesta sexta-feira a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos à Coreia do Sul, chamando-a de uma provocação que pode trazer “circunstâncias catastróficas e irrevogáveis”.
O porta-aviões Ronald Reagan, com capacidade nuclear, chegou ao porto sul-coreano de Busan na quinta-feira para uma visita de cinco dias, após exercícios em águas próximas, em uma demonstração de força contra a Coreia do Norte.
A visita do porta-aviões mostrou que o esquema dos EUA para um ataque nuclear contra a Coreia do Norte atingiu “a fase mais séria”, disse a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, acrescentando que isso significa que “a eclosão de uma guerra nuclear vem à tona”.
“É uma provocação militar indisfarçável que leva a situação a circunstâncias catastróficas e irrevogáveis”, disse a KCNA em um comentário.
As forças norte-americanas e sul-coreanas têm realizado exercícios militares intensificados neste ano, envolvendo porta-aviões, submarinos e bombardeiros avançados dos EUA, para, segundo eles, responder melhor às crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte considera os exercícios um ensaio para invasão.
Seth Koenig, porta-voz do grupo de ataque do porta-aviões, disse que o grupo visita frequentemente a Coreia do Sul, proporcionando “oportunidades para construir a interoperabilidade no mar em conjunto, visando objetivos compartilhados de um Indo-Pacífico livre e aberto”.
A agência de notícias norte-coreana disse que, no caso de um ataque nuclear iminente, a Coreia do Norte tomaria as “medidas necessárias”, conforme consagrado em sua doutrina nuclear, para “deter e repelir completamente os movimentos frenéticos dos EUA e de seus fantoches para deflagrar uma guerra nuclear”.
Nosso “mais poderoso e rápido primeiro ataque será dado aos meios de ‘dissuasão ampliada’, usados pelos EUA para alucinar seus seguidores e as bases do mal na península coreana e seus arredores”, disse a KCNA.
O termo “dissuasão ampliada” significa a capacidade das Forças Armadas dos EUA, especialmente suas forças nucleares, de impedir ataques a aliados.