A Coty elevou na terça-feira previsão anual de receita em função de preços mais altos e da forte demanda dos clientes que adquiriram os novos lançamentos de maquiagem e fragrâncias.
O crescimento do mercado de beleza após a pandemia prosperou à medida que os clientes priorizaram gastos com “luxos acessíveis” em um momento em que a inflação rígida afetou os padrões de consumo e fez com que muitos clientes adiassem compras mais caras nos Estados Unidos e Europa.
Os esforços da Coty para lançar produtos importantes, como Burberry Goddess em sua categoria de “prestígio” de alta qualidade e Yummy Gloss da CoverGirl na categoria de beleza para o consumidor, levaram a um aumento de dois dígitos nesses segmentos.
“Não estamos vendo nenhuma categoria deprimida… a fragrância de prestígio nos EUA continua crescendo muito rápido”, disse o diretor financeiro, Laurent Mercier, à Reuters, acrescentando que a Geração Z está ativa e impulsionando o crescimento no segmento de beleza para o consumidor.
A empresa agora espera crescimento de vendas mesmas lojas no ano fiscal de 2024 entre 9% e 11%, em comparação com perspectiva anterior da companhia de um aumento de 8% a 10%.
A receita líquida da Coty no primeiro trimestre fiscal aumentou 18%, para 1,64 bilhão de dólares, superando as estimativas de 1,58 bilhão, de acordo com dados da LSEG.
“Até mesmo o consumidor de baixo renda está comprando. Esses são luxos acessíveis e o fato de que eles têm poder de fixação de preços e crescimento unitário… é uma perspectiva muito construtiva para o futuro”, disse Thomas Hayes, presidente do fundo de hedge Great Hill Capital.
Mas a Coty teve prejuízo líquido no primeiro trimestre fiscal, prejudicado pelo impacto de uma operação de troca de ações, mudança na taxa de imposto na Suíça e custos mais altos.
Em uma base ajustada, a Coty teve lucro de 0,12 dólar por ação, em comparação com as estimativas dos analistas de 0,17 dólar.
A empresa também reafirmou previsão de lucro ajustado por ação para o ano entre 0,44 e 0,47 dólar.