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CPI da Americanas pede quebra de sigilo bancário da filha de Beto Sicupira

O ex-CEO da Americanas disse que a atual administração atua para desviar o foco da investigação para longe dos acionistas controladores

por Gustavo Kahil
3 min leitura
João Carlos Bacelar

A CPI da Americanas (AMER3) está se aproximando dos sócios mais famosos da varejista, os bilionários Carlos Alberto Sicupira (Beto), Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

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O deputado federal João Carlos Bacelar (PL/BA) solicitou, na semana passada, a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático, de Cecília Sicupira, filha de Beto Sicupira.

No pedido, o parlamentar ressalta que a quebra de sigilo fiscal é fundamental para determinar se a Sr.ª Cecília Sicupira está cumprindo adequadamente suas obrigações fiscais, evitando evasões.

Ex-membro efetiva do Conselho de Administração, Cecilia estava entre as acionistas presentes na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária de 29 de abril deste ano.

No relatório anual de 2020, Cecília também consta como membro não executivo externo do Comitê de Gente e Remuneração de 2021, que reporta ao Conselho.

Paulo Lemann, também filho de Beto, ainda consta como um dos representantes dos “acionistas de referência” no Conselho de Administração da varejista, que possuem 30,12% do capital total.

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Em fevereiro, a Justiça já teria concedido aos advogados do Santander – um dos credores da Americanas – acesso aos e-mails de Cecília, além de Jorge Felipe e Paulo Lemann, filhos de Jorge Paulo Lemann.

O "informante de boa-fé" passaria a existir não apenas em crimes contra a administração pública, mas também contra o mercado financeiro nacional ou o mercado de capitais
O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, disse que a atual administração da companhia atua para desviar o foco da investigação para longe dos acionistas controladores (Imagem: Gustavo Kahil/ Dinheirama)

Carta à CPI

Além disso, na semana passada, o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, enviou uma carta de 17 páginas (veja aqui) aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a crise na rede varejista.

No documento, Gutierrez afirma que “nunca soube” que a pressão dos controladores da Americanas por resultados “teria levado a atos de manipulação da contabilidade”.

Ele afirma, contudo, que o setor tinha “forte influência e controle” dos controladores, os bilionários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

Gutierrez diz que o atual CEO, Leonardo Pereira, fez acusações levianas contra ele para desviar o foco da investigação para longe dos acionistas controladores.

Segundo ele, o 3G atua ativamente da gestão das empresas de seu portfólio e controla rigorosamente suas finanças.

“No caso da Americanas, isso ocorre não apenas por meio da presença dos controladores (ou de pessoas diretamente ligadas a eles) no conselho de administração ou no comitê financeiro, e da forte presença de membros desses órgãos no dia-a-dia da companhia (especialmente na área financeira), mas também através da sua holding LTS, cujos funcionários, ainda que não tivessem cargos oficiais na companhia, participavam de sua gestão e de seus acompanhamentos”, destaca.

A Americanas prestou, nesta segunda-feira (11), novos esclarecimentos sobre as novas acusações de Gutierrez.

A Americanas foi questionada sobre o pedido da CPI, mas até às 18h48 desta segunda-feira (11) ainda não havia respondido.

Veja o documento:

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