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Crianças X Dinheiro: Um papo essencial sobre o tema

por Redação Dinheirama
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Crianças X Dinheiro: Um papo essencial sobre o tema

Falar sobre o início da educação financeira para crianças é algo essencial, tão essencial que deveria ser ensinado tanto nas casas quanto nas escolas, afinal, alguém que não sabe lidar com dinheiro de forma equilibrada pode ter muitos problemas a enfrentar na vida, tais como compras exageradas sem propósito, endividamento excessivo, incapacidade de fazer uma reserva de emergência, incapacidade de poupar para a realização de um sonho e tantos outros pontos.

Infelizmente, nem todo adulto sabe ensinar sobre finanças, já que muitos também têm extrema dificuldade em lidar com as próprias contas. Portanto, contar com algumas dicas de especialistas é sempre positivo.

Desta vez, o Dinheirama conversou sobre o tema com Francis Wagner, CEO do app Renda Fixa, e Sara Helena, curadora de conteúdo na Playkids. Fizemos algumas perguntas que todo pai, mãe ou responsável gostaria de fazer quando começa a pensar a falar sobre dinheiro com os pequenos. Vamos lá?

Existe idade ideal para se falar sobre dinheiro com as crianças?

Francis Wagner (app Renda Fixa) A criança começa a aprender números no colégio por volta dos 4 anos de idade, e uma boa dica para os pais que têm crianças nessa faixa etária e querem ensinar educação financeira a elas é dar um cofrinho. Podem ir colocando moedinhas para, no final de um período pré-estabelecido, abri-lo e contar o valor acumulado, mostrando o efeito da soma. Falar com a criança logo cedo sobre a importância de poupar para conseguir comprar alguma coisa que ela queira poderá criar uma relação mais sadia com o dinheiro.

Sara Helena (Playkids) O ideal é que diálogos relacionados à educação financeira sejam iniciados o quanto antes com as crianças. Para que essa relação com o consumo e com o dinheiro seja algo saudável e positivo para pais e filhos, é muito importante que os pequenos tenham contato desde cedo, de forma lúdica e leve, com as noções básicas de como lidar adequadamente com as finanças. Com três anos a criança já começa a entender que, para possuir certas coisas que deseja, é preciso dinheiro.

Quando os pais devem começar a dar dinheiro para as crianças?

Sara Helena (Playkids) Esta questão é muito particular de cada família. Uma dica para quando os pais acharem que é o momento ideal, é balancear com uma quantia a cada ano de idade da criança. Por exemplo, pode-se dar R$1,00 para cada ano da criança. Um pequeno de 8 anos receberia, portanto, R$8,00 por semana. Outro ponto importante é trabalhar com intervalos de tempo mais curtos para os mais novinhos, já que a ideia de tempo para eles ainda é muito imediata. O fato é que receber seu próprio dinheiro contribui para que as crianças cresçam mais conscientes e responsáveis sobre seus gastos, seus desejos e seu planejamento para conquistá-los.

Dá para falar de dinheiro e investimentos de forma simples? Como explicar que é importante fazer o dinheiro render?

Sara Helena (Playkids) É possível e recomendável que esse diálogo seja feito de forma lúdica. A literatura e as atividades educativas de maneira geral são grandes auxiliadoras da família neste momento. A PlayKids têm várias opções de conteúdo lúdico que auxiliam na hora de falar de dinheiro com as crianças. Uma dica é a Coleção de Livros Dinheiro pra quê? que pode ser adquirida na Loja Leiturinha e a série de desenhos animados da PlayKids que pode ser acompanhada no aplicativo disponível em versão IOS e Android.

Pensar em metas e sonhos junto com as crianças pode ajudá-las a entender a importância de investir?

Francis Wagner (app Renda Fixa)  Sim, e mais, crianças são extremamente visuais. A família está planejando uma viagem para a Disney? Pois bem, sentem-se e busquem fotos, façam um mural de colagem com essas imagem. Traçar estratégias para metas de poupança junto com as crianças é uma excelente ideia! Crianças costumam ter um espírito bastante colaborador e gostam de trabalhar em grupo. Vocês podem combinar de economizar um valor X fazendo algumas alterações na rotina durante uma semana. Se conseguirem muito bem, porém, se não, é só não desanimar e continuar com o plano.

Vale remunerar uma criança que ajuda com determinadas tarefas na casa ou não?

Sara Helena (Playkids) Recompensas são um tipo de reforçador do comportamento, porém, é preciso ter muito cuidado com o que se tornará uma recompensa para não criar uma relação de dependência entre um e outro (por exemplo:  “Só vou lavar a louça se eu ganhar dinheiro por isso”). Reforçadores naturais muitas vezes são eficazes.

Por exemplo, ao arrumar seu quarto, a criança pode sentir-se feliz por estar em um lugar organizado e em perceber que fez a coisa certa, mas primeiro isso deve ser algo de valor para esta criança – o que não se constroi com recompensas, mas com muita conversa e escuta, de acordo com cada família. Como alternativa às recompensas, a disciplina positiva aponta para a necessidade de uma educação pautada no exemplo e no respeito mútuo, levando em consideração as fases do desenvolvimento de cada criança.

Para as famílias que quiserem introduzir um tipo de recompensa, o quadro de incentivo pode ser uma boa opção. O processo de desenhar o quadro e de registrar nele o que se espera, quando feito desde o início junto com a criança, por si só já pode contribuir para que ela compreenda melhor a relação entre ação e consequência, podendo ser uma tarefa educativa. Por ser feito em família, pode ser um bom momento para estreitar os laços afetivos e ouvir o que a criança tem a dizer sobre sua própria rotina e discutir a educação financeira.

A partir de que idade os pais podem começar a pensar em investir visando ao futuro dos filhos? Que alternativas recomendam?

Francis Wagner (app Renda Fixa) Se possível, logo ao nascer. Quanto mais tempo os pais deixarem esse dinheiro rendendo em uma aplicação, maior será o poder dos juros compostos. É importante manter a constância também, criar uma regularidade para aquela aplicação.

Uma boa ideia é procurar um investimento com prazo mais longo, como o Tesouro IPCA+ ou até uma Previdência Privada, só fique de olho nas taxas cobradas para que elas não impactem na sua aplicação.

Com relação aos exemplos, eles valem mais do que a teoria? Como os pais podem ser bons exemplos relacionados à educação financeira?

Sara Helena (Playkids) Um está diretamente relacionado ao outro. Se os pais e família não têm consciência sobre uma relação saudável com o próprio dinheiro, dificilmente vão conseguir (ou se preocupar em conseguir) ensinar educação financeira para os pequenos. Uma construção em família de um planejamento financeiro sobre um passeio, por exemplo, pode envolver as crianças e ensinar, com exemplo e com a prática, como isso é importante e pode ser divertido se bem planejado!

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