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Medo da crise? Veja 7 motivos para registrar sua marca agora

por Rudinei Modezejewski
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Medo da crise? Veja 7 motivos para registrar sua marca agora

Sabe aquele velho ditado que diz que “enquanto uns choram, outros vendem lenços”? Certamente você já ouviu aquelas frases de efeito sobre a crise, desde o autor que fala para tirar o “s” da palavra (fica CRIE) ao importante recado de que em tempos de crise surgem oportunidades. Certo, tudo isso é verdadeiro e não insistirei nestes pontos.

Vou por outro caminho e apontarei 7 motivos bem práticos e objetivos para você parar de ficar enrolando e registrar sua marca antes que algo muito ruim aconteça. Isso mesmo, registrar a marca da sua empresa. Você não fez isso ainda? Então preste atenção!

O registro de marca é algo que a maioria dos empresários sequer dá atenção. Confesso que às vezes me sinto como um dono de funerária; o que é desgraça para uns, é negócio para mim. Eu sou aquele cara que “vende lenço no velório” e, por isso mesmo, sou a pessoa mais indicada para lhe dizer, com franqueza, porque você deve registrar sua marca com urgência, especialmente em tempos de “crise”. Vamos lá:

1. Quem assina o cheque?

Lembra da Lady Kate, personagem que tinha o bordão “Tô pagaaaando”? Pois é, ela costumava frisar que vale “quem assina o cheque”; você sabe quem assina o cheque na sua empresa? Acha que é você? Que nada! Quem assina o cheque é a sua marca! Ela traz o cliente; ela é o link entre o que você faz e o “mercado”, esse ente mítico que nos provê e nos sustenta.

Apesar disso, você faz seguro do carro, da casa, de vida e etc., mas e a marca do seu negócio? Você fez o “seguro” da sua marca? Quando você não registra sua marca, é o mesmo que deixar sua loja sem tranca, sem cadeado, assim, sem segurança nenhuma. Qualquer um pode entrar e roubar quando você não estiver olhando. Com a sua marca é assim, se você não registra, pode ter ela roubada da noite para o dia.

2. Brasil, um país de empreendedores

Eu costumo ver com ressalvas esse slogan “Brasil, um país de empreendedores”. Sabe por quê? Porque muitos “empreendimentos” surgem da necessidade e não de oportunidades, muitas vezes são pessoas que não conseguem se colocar no mercado de trabalho e só lhes resta a possibilidade de empreender, ter seu negócio próprio.

Adivinha como funciona essa situação? Quando há muitas demissões, mercado recessivo, contração do emprego formal, o que acontece? Surgem mais empresas! Em 2014, já havia um certo “clima” de crise e, mesmo assim (ou justamente por causa disso), foram criadas mais de um milhão e oitocentas mil novas empresas. Isso mesmo, quase 2 milhões de empresas em um ano considerado “fraco” e até recessivo.

Então, tenha certeza de que boa parte dessas pessoas demitidas recentemente vão aproveitar suas verbas rescisórias para investir em um negócio próprio. Colegas demitidos vão se tornar sócios, o mesmo acontecerá com familiares, amigos, vizinhos e por aí vai. Surgirão milhares de novas empresas baseadas na necessidade, e sua marca correrá mais riscos do que nunca.

3. Comendo como presidiários

Quando eu era criança, achava muito engraçado quando, nos filmes, os personagens comentavam que alguém comia como presidiário, com os braços protegendo o prato de comida para ninguém roubar – era uma “característica clássica” de quem tinha sido preso.

E nas empresas? Bom, com a tal “crise”, milhares de empresas que já existem (mas nunca pediram o registro da sua marca no INPI) vão se sentir ameaçadas e, com essa motivação extra, vão correr para registrar sua marca. Ora, as chances daquela que você considera a “sua” marca ser registrada por outra empresa aumentam muito e, proporcionalmente, diminuem as marcas disponíveis para registro.

4. A luta (sangrenta) pela sobrevivência

A crise atinge pequenos e grandes, em proporções diferentes, mas atinge a todos. É justamente nesse ambiente hostil que as empresas mais preparadas e protegidas se diferenciam; empresas sem proteção podem ser atacadas de forma cruel e desproporcional e eu não estou falando metaforicamente.

Ao perceber seu mercado encolhendo, empresas com maior poder financeiro começam a atacar as pequenas empresas que “sugam” seu mercado, e uma das formas de fazer esses ataques é com procedimentos administrativos e judiciais contra suas marcas, o que inclui notificações, processos etc.

Crises são sempre excelentes oportunidades para ataques desse tipo. Se sua empresa não está protegida e orientada (por um profissional experiente), pode ser convencida a abandonar sua marca (muitas vezes sem necessidade real) por conta de ameaças infundadas ou exageradas.

Esse tipo de coisa afeta especialmente as marcas sem registro porque as que estão registradas (e, portanto, protegidas) não tem o que temer.

5. O cheiro da carniça atrai os urubus

Você pode até não acreditar, mas é quando as coisas vão mal que os golpistas têm um ambiente perfeito para lucrar. Em 20 anos atuando com registro de marcas, não passa uma semana sem que eu receba um contato de um “cliente” perguntando se ele pode registrar a marca “X” (que é de uma empresa qualquer, mas que não tem registro) e depois cobrar royalties para autorizar seu uso (ou pergunta se ele pode registrar a marca para depois tomar o domínio na internet daquela empresa).

Sim, caso você não saiba, com o registro da marca eu posso tomar um domínio na internet caso a empresa não tenha o registro da marca no INPI, é a regra do Registro.br. Claro que é um processo demorado, até caro, mas possível e legítimo, então nada impede que um golpista peça o registro da sua marca para outra atividade, mas com objetivo de chantageá-lo depois.

6. Quem paga o pato?

Independentemente de outras questões, se uma empresa registra a marca e outra usa sem registro, existe a possibilidade de iniciar-se um processo judicial não só pedindo para cessar o uso, mas também exigindo uma indenização por conta do uso não autorizado.

Esse tipo de ação pede, em geral, 3% a 5% sobre o faturamento bruto dos últimos 5 anos ou, se não houver como comprovar esse faturamento, o juiz pode arbitrar uma indenização e até uma multa diária enquanto você permanecer usando a marca. A indenização e a multa arbitradas são bem piores (já vi casos de multa diária de R$ 10.000,00 – assustador!).

7. Você tem um plano B?

Nos desenhos, os ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio, enquanto o capitão fica por último (em alguns casos ele afunda junto com o navio). Fazer isso com a sua empresa é burrice! Saber a hora de mudar de rumo ou de abandonar o barco é sinal de inteligência e maturidade.

Muitas vezes, o empreendedor tem um apego emocional com a marca, mesmo que ela seja um problema. Na pior das hipóteses, descobrir que a marca tem problemas e que você precisa mudar de marca antes que você tenha problemas mais sérios, como um processo judicial, pode ser uma coisa boa.

Se o problema é incontornável, o melhor é partir imediatamente para um plano “B”, uma nova marca, registrável e sem problemas. Claro que isso gera despesas, mas estas certamente não serão capazes de inviabilizar o negócio em si como aconteceria no caso de um processo judicial.

Como se prevenir de tudo isso que eu falei? Simples: registre a sua marca antes que… Enfim, acho que você entendeu como é importante ter uma marca registrada (e o preço de não fazê-lo). Qualquer dúvida, estou à disposição. Abraços e até a próxima!

Foto “Registered”, Shutterstock.

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