O presidente-executivo da CSN (CSNA3), Benjamin Steinbruch, afirmou nesta quarta-feira que a empresa não vai fazer uma oferta pelo grupo siderúrgico norte-americano US Steel, uma vez que o ativo é “muito grande” para os interesses da companhia, apesar do objetivo do grupo brasileiro em diversificar negócios nos Estados Unidos.
Steinbruch afirmou à Reuters durante conferência do Santander Brasil que a CSN tem interesse em expandir presença nos EUA, mas que a empresa foca em ativos de menor porte.
“Nós não estamos interessados na US Steel. É um ativo muitogrande e estamos comprometidos com redução de alavancagem”, disse Steinbruch. “Estamos interessados em ativos menores nosEstados Unidos”, acrescentou, negando rumores do mercado de quea CSN tenha apresentado uma oferta pela US Steel.
A CSN vendeu uma usina siderúrgica nos EUA em 2018 para a Steel Dynamics por 400 milhões de dólares e ainda mantém uma usina na Alemanha, a Stahlwerk Thüringen (SWT), ondea empresa produz aço longo.
Os EUA são atualmente um destino importante para exportações de aço da CSN, mas isso tem sido limitado pela capacidade da usina siderúrgica da companhia em Volta Redonda, dedicada a atender o mercado interno, e por medidas de limitação àsimportações de aço pelos EUA tomadas pelo governo do ex-presidente Donald Trump em 2018.
A CSN terminou o segundo trimestre com alavancagem de 2,78 vezes após 1,31 vez um ano antes. A companhia tem meta de reduzir o endividamento para uma relação de 1,75 a 1,95 vezdívida líquida sobre Ebitda.
No começo deste mês, Steinbruch afirmou durante conferênciacom analistas após a publicação dos resultados do segundotrimestre que a CSN tem como opções um eventual IPO de suadivisão de cimentos e acertar uma parceria para sua unidade deenergia elétrica.