A Cyrela (CYRE3) registrou lucro líquido de 248 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, alta de 19% sobre o desempenho do mesmo período de 2022, segundo balanço publicado nesta quinta-feira.
A companhia, especializada em apartamentos de alto padrão, teve receita líquida de 1,71 bilhão de reais no trimestre, 25% acima de igual etapa do ano anterior.
“Encerramos o ano com R$ 6,6 bilhões e R$ 6,4 bilhões em VGV de lançamentos e vendas (no %CBR) respectivamente, crescimento de 13% e 17% contra os mesmos números de 2022. Destaca-se a manutenção da velocidade de vendas (VSO) em patamares confortáveis, que nos permitiu até reduzir os níveis relativos de estoque como proporção das vendas, mesmo com o crescimento nos lançamentos”, disse a empresa.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 257,6 milhões de reais para a Cyrela de outubro a dezembro de 2023, com receita de 1,68 bilhão de reais, segundo dados da LSEG.
A margem líquida caiu de 15,2% no quarto trimestre de 2022 para 14,5% no último do ano passado. Já em 2023, a margem passou de 14,9% para 15,1%.
Vendas líquidas
As vendas líquidas contratadas da Cyrela somaram 2,6 bilhões de reais no período, recuo de 4% ano a ano. Já o valor geral de vendas (VGV) lançado totalizou 2,7 bilhões de reais, queda de 3%, com 13 empreendimentos lançados, de 15 um ano antes.
O indicador de velocidade de vendas (VSO) em 12 meses ficou praticamente estável em 47%, de 48% um ano antes, permitindo à companhia “reduzir os níveis relativos de estoque como proporção das vendas, mesmo com o crescimento nos lançamentos”, afirmou.
A Cyrela também apurou margem bruta em 33,7% no período, 2,3 pontos percentuais acima do quarto trimestre de 2022, movimento que a empresa atribuiu à recuperação nas margens dos novos lançamentos em comparação com 2022.
As despesas comerciais subiram 13% em 12 meses, para 176 milhões de reais, enquanto as despesas gerais e administrativas avançaram 8%, a 135 milhões de reais.
A empresa teve uma queima de caixa de 94 milhões de reais nos três últimos meses do ano passado, ante consumo de 54 milhões no quarto trimestre de 2022.