A estimativa da segunda safra de milho do Paraná na temporada 2023/24 foi reduzida nesta quinta-feira em 5% em relação à projeção divulgada em março, para 13,5 milhões de toneladas, em meio ao tempo seco do segundo produtor do cereal no Brasil, segundo dados do novo levantamento publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
O órgão da Secretaria de Agricultura do Paraná havia sinalizado na semana passada que a redução da estimativa safra aconteceria, em razão da estiagem e do calor.
Com a nova projeção, o Deral agora estima redução de 5% na segunda safra deste ano em relação à temporada anterior, quando o Estado colheu 14,3 milhões de toneladas.
Enquanto a segunda safra de milho está em grande parte nas fases de frutificação e floração, a colheita de soja está praticamente finalizada no Estado.
O Deral praticamente manteve os mesmos números da safra de soja na comparação com a previsão do mês passado, estimando 18,3 milhões de toneladas. Esse volume representa uma queda de 18% na comparação com a temporada passada, quando o Paraná teve um recorde.
Com a queda na produção da oleaginosa, o Paraná deverá perder a condição de segundo Estado produtor de soja do Brasil para o Rio Grande do Sul, que foi beneficiado pelo clima e deverá ter uma colheita com volume jamais visto em 2023/24.
Já a safra de trigo, que está sendo semeada no Paraná, deverá contar com uma área menor do que o esperado no mês passado.
O Dera agora estima um plantio em 1,14 milhão de hectares, versus 1,17 milhão previstos no levantamento anterior.
Com isso, a colheita está estimada em 3,795 milhões de toneladas, ante 3,9 milhões de toneladas na estimativa anterior.
Caso a estimativa atual seja confirmada, o Paraná teria aumento de 4% na produção de trigo, com expectativa de recuperação da produtividade afetada pelo clima na temporada passada.