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Desapega: Quer mais prosperidade? livre-se das coisas inúteis

por Janaína Gimael
3 min leitura
Desapega: Quer mais prosperidade? livre-se das coisas inúteis

Dizem que quando estamos apegados demais a determinadas coisas, não liberamos espaço para outras. Isso vale para pessoas e relacionamentos, atitudes, ideias, bens. Já escrevi uma vez sobre a necessidade de haver alguns abandonos para que uma mudança efetiva se realize, mas desta vez vamos falar exclusivamente sobre o acúmulo exagerado de coisas materiais, algo que pode atrapalhar a sua prosperidade financeira.

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Tenho uma amiga que é personal organizer, e uma das primeiras coisas que ela diz ao começar um trabalho de organização é que é preciso fazer a “limpa” das coisas inúteis. Ou seja, tirar o que não está sendo usado, senão fica impossível dar continuidade. E como é difícil praticar o desapego, viu?! A maioria das pessoas tende a sofrer exageradamente por coisas que, convenhamos, poderiam ser substituídas sem qualquer problema.

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Veja se reconhece esta situação: a pessoa tem dezenas de calçados, mas na hora de sair não consegue achar justamente aquele par que gostaria. Ou o guarda-roupa está lotado de tantas peças, mas na hora de sair, a reclamação é que não há nada ali que preste. Ou, ainda, o armário da cozinha está lotado de coisas, mas na hora de cozinhar, a pessoa percebe que vários dos produtos venceram, um tremendo desperdício. Puxa, tem algo errado, não é mesmo?

Quando falamos em prosperidade financeira, além de toda a questão da organização do orçamento, também precisamos lembrar que há três pontos muito importantes que sempre que possível citamos aqui no Dinheirama:

– O primeiro é a capacidade de compartilhar, doar, movimentar. Nenhuma riqueza foi feita para ficar parada.

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– O segundo é a capacidade de saber receber tudo que chega. E convenhamos que, se não compartilhamos nem liberamos espaço para algo novo, fica difícil estar aberto para receber.

– E o terceiro é a capacidade de agradecer. E como agradecer se estou sempre achando que falta algo em razão da minha própria incapacidade de liberar o que não uso mais?

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Percebeu como um assunto tão simples pode ser mais complexo do que achamos? Este fluxo de dar e receber precisa ser mantido como uma roda para que as coisas funcionem e gerem algum tipo de contentamento real, além de números na conta bancária. É preciso enxergar de forma transparente o quanto efetivamente já conquistamos para agradecer por tudo que temos e estarmos abertos a receber mais.

Você pode estar pensando agora: “Sim, mas e aqueles milionários sovinas, que guardam o dinheiro debaixo do colchão?” Bem, certamente eles são minoria e arrisco dizer que podem não estar sabendo aproveitar de verdade as diversas possibilidades de contentamento real que o dinheiro traz. Afinal, quem pode ser feliz sem conseguir viver em troca? Somos seres humanos, precisamos aprender a dar e receber.

A própria economia é assim: quando compro algo de alguém, este alguém também tem a oportunidade de comprar de outro alguém, e assim vai. Por isso é tão perigoso quando as pessoas começam a ter medo de usar o dinheiro.

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E então voltamos à questão do acúmulo material: quando você acumula demais e não consegue se desapegar de nada que não lhe tenha mais utilidade, acaba bloqueando o espaço para conseguir adquirir coisas novas e até dizendo a si mesmo, ainda que não perceba, que não é capaz de conseguir outras coisas, por isso não pode abrir mão daquela.

Imagine que você tenha um sofá velho no meio da sala, mas não quer se desfazer dele de forma alguma. O que acontece é que o sofá velho continua ocupando o espaço que poderia ser de um novo e deixa de ir para alguém que talvez nem tenha um sofá. Você também deixa de agradecer pelo sofá velho, afinal, ele não lhe parece algo tão digno de agradecimento. Ou seja, toda a energia de dar e receber, tão importante para a prosperidade financeira, fica estagnada.

A questão principal é que, quanto mais coisas erradas ocupam o espaço das coisas certas, menos espaço haverá para as certas. Podemos fazer uma analogia com sentimentos: quanto mais guardamos mágoas e rancores, menos conseguimos nos abrir para despertar sentimentos melhores dentro de nós. Isso não é poesia, é fato.

Será que você sabe o quanto tem?

Gostaria que você fizesse um exercício mental agora e pensasse em seu guarda-roupa ou qualquer outro lugar da casa em que costume acumular muita coisa. Será que você tem ideia da quantidade de camisetas, por exemplo, que tem? Ou de sapatos? Depois de tentar fazer um cálculo mental, tire algumas horas para efetivamente separar as peças e fazer a contagem. Provavelmente você vai se surpreender com a quantidade de itens que não usa nunca, mas que estão lá ocupando espaço.

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Eu costumo fazer assim: toda vez que compro uma coisa nova, separo uma ou mais peças para doar. E isso pode valer para qualquer tipo de coisa. Sempre haverá alguém disposto a receber! Pode ser desde de um amigo próximo até uma ONG. Sem acumular coisas desnecessárias, você ganha espaço para novas, percebe que não é tão dependente assim de determinados bens, evita o desperdício, consegue ver que pode até ter mais do que precisa (tendemos a achar o contrário) e não entra numa situação meio paranóica relacionada ao medo de perder.

E sejamos francos, como a gente anda para frente carregando um monte de coisa nas costas? Aposto que a estagnação está muito longe daquilo que você quer, não?! Talvez seja hora de aposentar aquele sofá velho! Boa sorte e boa arrumação!

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